Maricá promove vacinação infantil


A Prefeitura de Maricá, através da Secretaria de Saúde, inicia, a partir da próxima segunda-feira (17), aplicação de vacinas em bebês e crianças, intituladas como "Pfizer Baby" e "Pfizer Pediátrica", contra a Covid-19, mediante autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovada em setembro de 2022, que permite a ampliação do uso da vacina da Pfizer no país em crianças entre 6 meses e 4 anos de idade. A agência, na época, reforçou que o imunizante foi considerado seguro e eficaz - embora não tenha apresentado nenhuma comprovação científica de tal eficácia.

De acordo com a Secretaria de Saúde local, em notícia divulgada no website oficial da prefeitura nesta sexta-feira (14), as vacinas Pfizer Baby deverão ser aplicadas em bebês de seis meses a crianças menores de 5 anos. Já a Pfizer Pediátrica, de 5 a 11 anos. No entanto, internacionalmente, a vacina Pfizer-BioNTech contra a COVID-19 ainda não foi aprovada para uso em crianças abaixo de 16 anos (A Pfizer conduziu estudos clínicos em crianças entre 5 e 11 anos de idade para avaliar a segurança e eficácia da vacina em crianças mais jovens. Os resultados desses estudos são aguardados para determinar se a vacina será aprovada).

Em 2021, a Pfizer aprovou o uso emergencial de sua vacina COVID-19 para crianças entre 12 e 15 anos nos Estados Unidos. Mais tarde, em novembro de 2021, a empresa anunciou que havia apresentado dados à Agência de Medicamentos Europeia (EMA) e à Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA) em busca da aprovação para o uso de sua vacina em crianças de 5 a 11 anos de idade. Mas, ainda não se sabe quando essas agências aprovarão a vacinação para crianças nessa faixa etária.

O que diz a OMS sobre a vacina Pfizer para crianças? 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a vacina Pfizer-BioNTech contra a COVID-19 seja utilizada em crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos de idade em situações específicas, como em áreas com transmissão comunitária intensa da COVID-19 ou em crianças e adolescentes com alto risco de exposição e/ou doença grave. A OMS também ressalta a importância de se realizar estudos adicionais sobre a segurança e eficácia da vacina em crianças menores de 12 anos, a fim de avaliar a sua utilização nessa faixa etária. No entanto, é importante lembrar que as recomendações da OMS podem variar de acordo com a situação epidemiológica de cada país e que a decisão sobre o uso da vacina em crianças "deve ser tomada por autoridades de saúde locais" com base nas informações disponíveis e em orientações nacionais e internacionais. 

O que dizem os especialistas sobre a vacinação em bebês?

Ainda não há uma vacina específica para bebês contra a Covid-19. A vacina Pfizer-BioNTech, que foi aprovada para uso de emergência em vários países, incluindo o Brasil, é destinada a pessoas com 16 anos ou mais. No entanto, vale lembrar que há várias outras vacinas importantes para bebês, que protegem contra uma variedade de doenças infecciosas. Algumas das vacinas recomendadas para bebês incluem a vacina contra hepatite B, a vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTaP), a vacina contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib), a vacina pneumocócica conjugada e a vacina contra o rotavírus.

O que aparece na pesquisa do Google em relação ao Brasil?

"A SBIm e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) informam em nota conjunta que apoiam a decisão da Anvisa de aprovar a formulação para crianças de 6 meses a 4 anos da vacina covid-19 fabricada pela Pfizer-BioNTech (Cominarty) e endossam a recomendação da Câmara Técnica Assessora do Programa Nacional de Imunizações (CTAI-PNI) pela oferta imediata do imunizante para essa parcela da população, independentemente da presença de comorbidades.

O Ministério da Saúde, no entanto, anunciou que, em um primeiro momento, restringirá a vacinação às crianças de 6 meses a menores de 3 anos com comorbidades. O esquema é de três doses, com intervalos de quatro semanas entre as duas primeiras doses e de oito semanas entre a segunda e a terceira doses. A extensão para crianças sem comorbidades será avaliada após reunião do Conitec e de acordo com os estoques.

Vale ressaltar que, entre outras informações apresentadas no documento das sociedades médicas, dados do SIVEP-Gripe indicam que 71.9% das crianças e adolescentes que desenvolveram casos graves e 50% das que morreram por covid-19 entre 16 de fevereiro de 2020 e 9 de janeiro de 2021 não tinham comorbidades."

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