O presidente Jair Bolsonaro reuniu-se com cerca de 60 diplomatas estrangeiros no Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (18). Em sua fala, expôs supostas falhas de segurança nos sistemas de votação do país e alertou aos embaixadores que, nas próximas eleições em outubro, pode haver fraude.
Como argumento, o presidente citou um inquérito do TSE junto à Polícia Federal que investiga a invasão do sistema por um 'hacker' durante o último pleito em 2018. Ele também fez críticas a alguns ministros da Suprema Corte e destacou que há uma provável tentativa de sabotagem à sua reeleição.
"O que eu mais quero, por ocasião das eleições, é transparência, porque nós queremos que o ganhador seja aquele que realmente seja votado", disse o presidente.
Segundo opinião de jornalistas e comentaristas conservadores, a intenção do presidente foi apenas de informar aos embaixadores o outro lado dos fatos, já que, recentemente, os mesmos participaram de reunião similar a convite do presidente do TSE, ministro Edson Fachin que, na ocasião incutiu-lhes a ideia de que as urnas eletrônicas utilizadas no processo eleitoral brasileiro são infalíveis.
Fachin, que coincidentemente "descondenou" o ex-presidente Lula tornando-o apto a concorrer à presidência da República nas próximas eleições, criticou Jair Bolsonaro pela promoção do evento com os embaixadores.
Já a imprensa esquerdista foca em narrativas de que tal reunião é uma preparação, por parte do presidente, para um golpe de Estado.
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