O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) investiga a Organização Social Saúde em Movimento, com sede em Salvador, após suspeita de documentação falsa para administrar o Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, na cidade de Maricá (RJ). As informações são da GloboNews.
Entre 8 empresas, a instituição foi vencedora da licitação para a gestão da unidade de saúde, com um contrato no valor de R$ 370 milhões, assinado no dia 18 de março de 2021, com vigência de 2 anos. A associação é responsável pela compra de insumos e contratações de profissionais de saúde.
De acordo com o GloboNews, a documentação falsa seria um atestado de capacidade da organização comprovando experiência técnica para assumir a gestão da unidade, uma das exigências no edital. O documento assinado pela Saúde em Movimento afirma que “vem executando, com boa qualidade técnica e de modo satisfatório, os serviços de Gestão, Planejamento, Operacionalização e Execução das ações e serviços de saúde no Hospital Salvador”, com vigência entre 15 de março de 2018 a 15 de março de 2020.
Mas, de acordo com o advogado do Hospital Salvador, Francisco Ortigão, o documento apresentado pela empresa é uma fraude e que nunca houve relação entre o hospital e a organização, afirmou à GloboNews.
O documento em questão foi assinado pelo médico Luiz Vianna Oliveira, que se identificou como diretor do Hospital Salvador. O médico trabalha para a associação que seria beneficiada pela declaração assinada por ele. O advogado do hospital da capital baiana afirma que o profissional de saúde nunca foi diretor do Hospital Salvador.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar se houve falsidade ideológica ou outro tipo de crime na apresentação do atestado. O médico foi intimado para prestar depoimento. Para a reportagem da GloboNews, o advogado da Organização Social Saúde em Movimento negou qualquer tipo de irregularidade com a instituição.
Por meio de nota, a prefeitura de Maricá informou que o município tem total interesse no esclarecimento do caso pelo MP e demais órgãos de controle para prestar todas as informações pertinentes.
Ainda de acordo com a prefeitura, caso seja comprovada a falsidade da documentação, um processo administrativo será aberto para que seja feita a rescisão do contrato de gestão.
Ao rescindir o contrato vamos ver os 350 milhões de volta ???
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