Coren-RJ faz "blitz" no hospital de Maricá e constata irregularidades

Por Marcelo Bessa - Enfermeiros fazendo coletas de sangue, falta de lençóis limpos para os pacientes, carga horária de trabalho excessiva, dupla função, salários fora do piso e setores sem refrigeração foram algumas das irregularidades constatadas pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá. A fiscalização foi feita, de surpresa, na manhã desta quinta-feira (16).

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(Foto: Arquivo/Marcelo Bessa)
Durante a fiscalização, a equipe do COREN detectou  problemas que prejudicam o exercício da profissão. Dentre as principais irregularidades estão o déficit de profissionais para atender a demanda. O setor emergencial, por exemplo, estava lotado e gerando uma consequente sobrecarga de trabalho para os enfermeiros que, segundo informações, devido à greve dos funcionários do laboratório, estão realizando o trabalho de coleta de sangue.

De acordo com relatos de uma acompanhante, há setores com somente um ventilador e, devido à falta de lençóis, após o banho os leitos são revestidos com cobertores, o que tem causado muito desconforto e calor insuportável aos pacientes.

Já os técnicos de enfermagem reclamaram da excessiva carga horária e piso salarial em desacordo com a legislação. Segundo o que rege nos contratos, os profissionais têm direito a cumprir uma carga horária de 24/120, ou seja, 1 dia de trabalho para 5 dias de folga. Porém, eles têm trabalhado 1 dia e folgado quatro. Quanto às remunerações, há uma defasagem de R$ 335. De acordo com a tabela do COREN o piso salarial dos técnicos de enfermagem é de R$ 1.515,00, no entanto eles estão recebendo R$ 1.180,00.

Segundo informações, após a fiscalização, a direção do hospital foi notificada.

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