Notícias da Câmara de Maricá: Helter, Frank e Adelso não conseguem tirar Chiquinho da presidência

Os Vereadores Helter Ferreira (PT), Frank Costa (SDD) e Adelso Pereira (SDD), da base do governo, estão unidos em uma maquiavélica aliança para derrubar o Vereador Chiquinho (PP) da presidência da Câmara de Vereadores de Maricá.


Adelso Pereira (ao centro), observado por Frank Costa,
desobedece e bate boca com o ainda presidente Chiquinho
(Foto: enviada por internauta via Facebook)
MARICÁ - Na sessão desta quarta-feira (30) na Casa de Leis, com a presença de apenas sete vereadores e lotação máxima no plenário, o clima ficou quente. Logo de início, o Vereador Hélter Ferreira solicitou que fosse inserida na ordem do dia a destituição do vereador Chiquinho do cargo de Presidente, em virtude do mesmo ter saído do PT e ingressado no PP.

De outro lado, o vereador Felipe Auni (PSD) interviu em defesa de Chiquinho lembrando que há uma portaria dizendo que somente podem ser incluídas no expediente as proposições ou documentos que tiverem sido protocolados com no mínimo 24 horas de antecedência.

A partir de então, Chiquinho indeferiu o pedido de Helter e solicitou que Adelso Pereira - o primeiro secretário - prosseguisse com a leitura. Porém, demonstrando desobediência, Adelso insistiu no pedido indeferido. Imediatamente, Chiquinho lançou-lhe um olhar desafiador e desferiu:

"Se o senhor acha que tem mais poder do que eu aqui, então a sessão está encerrada!", finalizou o presidente, levantando-se e deixando o recinto.

Correligionários de Chiquinho - que estavam no plenário - começaram a entoar os gritos de 'Fora PT' e 'Não vai ter golpe'. Nesse instante, Helter Ferreira chamou os policiais militares para intimidar os manifestantes. Um dos policiais chegou a bater boca com um grupo de senhoras e ameaçou levá-las para a Delegacia. Mas, ninguém foi detido e nem autuado.

O documento apresentado pelo "Trio" ( Helter, Adelso e Frank) diz que segundo o Regimento Interno da Câmara Municipal, de 19 de Setembro de 1995, fica declarada a perda do cargo e/ou função que ocupa em virtude de proporção partidária, por ter deixado o partido - PT- cuja legenda Chiquinho foi eleito.

Já o vereador Chiquinho (PP) declarou que não corre o risco de perder o cargo de Presidente, e muito menos, perder o cargo de parlamentar. O político se baseia na Emenda Constitucional nº 91 de 18 de Fevereiro de 2016 que altera a Constituição Federal para estabelecer a possibilidade, excepcional e em período determinado, de desfiliação partidária, sem prejuízo do mandato: "- Eles tentaram dar um golpe", disse Chiquinho complementando que jamais o regime interno pode ser superior a uma norma constitucional.

Ultimamente, a Câmara Legislativa de Maricá se transformou numa espécie de cabaré, tamanha tem sido a baderna. Alguns vereadores estão nitidamente mais preocupados com seus objetivos eleitorais do que com os munícipes. O caso agora vai para a justiça e, segundo comentários, a decisão deve sair lá pra 2017...


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