Moradora morre após descasos no hospital de Maricá

Uma tragédia se abateu em duas famílias na manhã da sexta feira dia 09 de janeiro. Nesse dia faleceu a bela jovem CARINA MORAIS (41), namorada há 8 anos do poeta, dançarino e compositor Jerônimo Madureira. Eles viviam juntos há um ano em Itapeba e Carina, micro empreendedora e vendedora, que tinha uma vida normal, deixou cinco filhos: um rapaz de 20 anos, uma mocinha de 17, duas meninas gêmeas com 13 anos e um menino com 9 anos.

Carina não tinha problemas sérios de saúde, apenas uma sinusite e passou desde o início do ano de 2014 a sentir uma dor de cabeça constante que pensava ter relacionamento com sua sinusite. Não gostava de ir a médicos mas quando as dores de cabeça aumentaram foi se tratar e só começaram uma série de erros médicos, negligências até culminar com a morte prematura de Carina.

Jerônimo Madureira (foto ao lado) fez um relato detalhado e emocionado à nossa reportagem:

"Por volta das 7 da manhã da sexta-feira 09 de janeiro de 2015, faleceu a minha namorada Carina Morais. Muitos de vocês não a conheciam. Mas, quem a conhecia está chocado com a morte dela. Por isso, venho fazer um relato de como as coisas caminharam para este trágico final.

De uns 6 meses pra cá, a Carina se queixava de muitas dores de cabeça. Ela fazia uso diário de analgésicos, especialmente Neosaldina. Mas, de uns três meses pra cá as dores se intensificaram e ela começou a se mostrar desanimada, triste. Até que no mês de novembro passado, os analgésicos já não estavam surtindo efeito e eu a levei a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Inoã - Maricá.

Ela, além da dor de cabeça, estava confusa mentalmente. Lá, mediram a sua pressão e a encaminharam para o médico de plantão, que mandou aplicarem nela uma injeção com algum medicamento analgésico. Logo depois, ela foi liberada. Em dezembro, Carina continuava a se queixar das dores de cabeça, confusão mental, além de muito sono e desânimo.

No dia 25 de dezembro (Natal) ela passou muito mal, com muita dor de cabeça e confusão mental, inclusive com alucinações. Levei-a para a emergência do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá. Chegando lá, o médico que a atendeu mandou aplicar-lhe uma injeção para dor e lhe deram um comprimido de Rivotril. Pedi a ele que a internasse para que ela pudesse ser avaliada melhor, mas o médico disse que não era caso para internação. A seguir, ela foi liberada.

Na semana entre Natal e Ano Novo, Carina teve grande piora. No dia 29 de dezembro ela foi avaliada por uma psicóloga que diagnosticou "Depressão Profunda" e a encaminhou para o CAPS (Centro de Atendimento Psiquiátrico - Ambulatório de Saúde Mental). Eu a levei no dia seguinte, mas, lá só teria condições de atendê-la no próximo dia 15 de janeiro. Corri com ela para Hospital Conde Modesto Leal e consegui agendar um psiquiatra para o dia 5 de janeiro (segunda-feira dessa semana).

Na noite de 31 de dezembro, Carina entrou em crise profunda, com muita dor de cabeça e alucinações. Corri com ela, novamente, para a emergência do Hospital Municipal Conde Modesto Leal. Por coincidência, o médico de plantão era o mesmo. e mais uma vez ele disse que não era caso para internação. Mandou aplicarem-na uma injeção de Diazepan e lhe deram algum outro analgésico. À meia noite e quarenta minutos, ela foi liberada para ir pra casa.

No dia 5 de janeiro, segunda-feira desta semana, levei-a ao psiquiatra. Ele confirmou o quadro de depressão, receitando 3 medicamentos para ela. Mas, a próxima visita a ele só poderia ser no dia 30 de março, ou seja, quase daqui a 3 meses.

Carina começou a tomar os medicamentos anti-depressivos no mesmo dia à tarde. Porém, a noite de segunda pra terça foi muito complicada. Ela teve alucinações e perdeu toda a força muscular. Não conseguia nem ficar de pé. Não conseguia segurar um copo. Praticamente dormiu o dia inteiro de terça-feira, mas à noite teve mais alucinações e já não tinha mais controle de nada. Na quarta-feira a situação continuou piorando.

Quando amanheceu o dia de quinta-feira levei-a de novo ao Hospital Conde Modesto Leal. Estava lá o mesmo médico que a havia atendido no Natal e na noite de Réveillon. Ele mandou que a colocassem no soro com glicose e vitamina B. Carina continuava mal e nesse momento fui à diretoria do Hospital solicitar uma internação para que ela pudesse ser monitorada, examinada, medicada. Porém, negaram a internação. Após o término do soro ela foi liberada, mesmo sem poder andar e sem consciência.

Quando eu cheguei em casa com ela, logo que saí da garage, ela desfaleceu. Coloquei-a deitada no chão da sala e tentei ajuda com o SAMU (192). Foi em vão, nem atenderam. Então, liguei para a filha dela e pedi que mandasse o irmão (filho mais velho da Carina) urgente pra minha casa. Ele chegou logo após, pois já estava a caminho. Nós a colocamos no carro e a levamos de volta ao Hospital. Mas ela estava muito mal. Só aí resolveram interná-la. Ela teve parada respiratória, precisou receber massagem torácica e foi entubada. Após estabilizarem-na, transferiram-na para o SPG (Setor de Pacientes Graves). Mas, durante a madrugada desta quinta-feira pra sexta-feira, Carina teve duas paradas cardíacas. Sendo que veio a falecer após a segunda parada." 

Este é o resumo do que aconteceu com a Carina Morais e vem acontecendo com tantas outras pessoas que necessitam do atendimento em hospital público.

Pelos relatos de Jerônimo Madureira, vemos uma série de negligências nos devidos tratamentos e possíveis erros médicos. Como não se pede uma tomografia para saber o que realmente está acontecendo com a cabeça do paciente? Ou um simples eletroencefalograma? Será que o hospital não tem uma simples máquina de eletroencefalograma?

Com isso uma jovem mulher perdeu a vida e seus cinco filhos ficaram sem chão e sem rumo, sendo 4 menores de idade. O laudo cadavérico foi pedido ao IML de Tribobó para ver a verdadeira causa-mortis, pois achamos que pede ter havido mais um ASSASSINATO em Maricá, no hospital da morte, por erro médico!

Fonte: Barão de Inohan





Comentários

  1. Mas tem show de "graça" na praça, então o povo vota e reelege Quaquá, Pezão e muitos outros picaretas! O eleitor tem o administrador que escolhe e merece. Goebbels ministro da propaganda de Hitler dizia que onde a inteligência é pouca a mentira prospera..

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  2. O problema é que, até os que não votam no PATO, pagam o pato!

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  3. ASSASSINOS SÃO ESSES IDIOTAS QUE CONTINUAM A VOTAREM NESSA NELES, POR CAUSA DE CARTÃO MOMBUCA, SUCATA VERMELHINA, QUE É O QUE VAI SE TORNAR EM POUCO TEMPO, E POR CAUSA DE SHOWS NA PRAÇA,E POR CAUSA DE UMA CASQUINHA DE ASFALTA SEM UM TRATAMENTO DE ESGOTO, SE GASTA TANDO DINHEIRO COM BESTEIRAS E O PRINCIPAL QUE É A SAÚDE E EDUCAÇÃO NADA.

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  4. enquanto isso a "exxxcelência, o PaTo" pede que a população vá ao MP reclamar da Cedae, porque será que o PaTo não tem bico para pedir a população que vá ao MP denunciar as "coisistas" erradas do seu desgoverno????

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  5. O que faz o Ministério Público diante de tantas mortes por descaso! !!!!

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  6. Não sei parece mais uma trombose venal celebral
    Se o hospital tivesse aprofundado ela poderia estar viva mais o nosso país é uma vergonha com nossa saúde

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  7. Não acho que foi erro médico, já que nenhum exame foi feito para detectar o que estava acontecendo de fato. Acho que foi é negligência mesmo. Omissão. Falta de profissionalismo. Tem que demitir todos estes médicos de Maricá que não são comprometidos com a profissão e sim com a política partidária e com os salários deles. Reclamam que não têm salário adequado, mas o que fazem para merecer o que recebem? Para mim não são dignos de serem chamados de médicos. Onde está o Conselho Regional de Medicina? Vamos aguardar o laudo cadavérico para ver o que houve de fato. Daí, é necessário providências urgentes.

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  8. Entra governo, sai governo e problema de saúde em Maricá continua lastimável, para mim, isto é crime, que os familiares insistam nas denúncias, isto ocorre e vai ocorrer sempre, enquanto não fizermos alguma coisa, devemos sim pedir aos internautas que divulguem esta notícia e quem teve um caso semelhante na família, que procure o MP PARA VER SE ESTE QUADRO POSSA SER REVERTIDO, POR QUE SENÃO MUITAS OUTRAS FAMÍLIAS SE LAMENTARÃO. O PIOR VEM AGORA, O PREFEITO QUAQUÁ, NEGOCIOU A SUA CANDIDATURA PARA SER PRESIDENTE DO PT REGIONAL COM A DEPUTADA FEDERAL BENEDITA DA SILVA, PARA NESTE MOMENTO, EM QUE ELE DIZ QUE FARÁ UMA REFORMA ADMINISTRATIVA, TRAZER DUAS PESSOAS DO STAFF DA BENEDITA DA SILVA, PARA FAZER UMA SÉRIE DE IMPROBIDADES EM MARICÁ, OU SEJA, EM POUCAS PALAVRAS, NEGOCIOU AS VERBAS QUE SE DESTINAM AO MUNICÍPIO, PARA QUE ESTAS PESSOAS, RETIREM ATÉ 30% DOS CONTRATOS FIRMADOS POR ESTES SENHORES, ESPECIALISTAS EM DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO, E ISTO, A NOSSA IMPRENSA INVESTIGATIVA NÃO TEM CONHECIMENTO, FICA A DICA.

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  9. É isso aí, enquanto paga para escola de samba falar de Maricá, o povo sofre as consequências do descaso. Pq fazer mais um hospital se não dá conta nem de um?

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  10. Concordo que houve negligência. Mas penso que um médico com a mínima dignidade se recusaria a ser máquina matadora em um hospital desses. O dia em que médicos com vergonha na cara e caráter tiverem a RESPONSABILIDADE de se negarem a trabalhar num matadouro desses a coisa vai mudar! Enquanto vagabundos como estes médicos se sujeitarem a ganhar migalhas para negligenciar e a matar pessoas em lugares como este, com péssimas condições de atendimento, todos os dias morrerão pesdoas inocentes.
    Quanto ao IML...hahaha! Existe alto comprometimento de médicos alí dentro com hospitais e pessoas $$$...#ficaadica

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  11. O Brasil está todo errado.
    Minha namorada Carina Morais morreu porque foi mais uma vítima do descaso, da negligência, da irresponsabilidade, da corrupção, do desgoverno, da falta de caráter, da falta de vergonha na cara e sabe-se lá mais o quê de ruim que é a marca registrada dos nossos governantes, tanto na esfera federal, estadual e municipal. O Brasil tá fodido e o povo mais ainda. Povo mal educado, povo desgovernado.
    Jeronimo L. Madureira.

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  12. Prefiro ter hospital com toda estrutura que merecemos. ..do que andar de ônibus de graça!

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  13. Isso aí parece câncer cerebral, pela descrição dos sintomas ela já estava na fase mais crítica. Metástase.

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  14. Leisecamarica.com.br noticiou que sexta-feira, 16 de janeiro de 2015, um policial militar lotado no 7 BPM, morador de São José, procurou a UPA de Inoã queixando-se de dores no peito e foi diagnosticado com "problemas estomacais" pelos médicos da UPA. O policial morreu com um infarto fulminante.
    O povo é mal tratado mas continua votando nos mesmos políticos! Inacreditável!!!!!

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