Artigo :: Helio Braga - Cada vez mais me surpreende a falta de visão dos homens públicos em nosso país. Digo isto não apenas por benevolência, afinal poderia tranquilamente dizer que lhes falta mesmo caráter, mas porque entendo que até àqueles de moral duvidosa é possível agir com uma relativa visão do amanhã, nem que seja para usufruir de dividendos políticos.
Certa feita desabafei nas linhas deste blog que cidades têm vida e características próprias e tendem a crescer ou estagnar conforme sua sociedade se organize em torno de visões e vocações.
Minha volta ao tema se dá quando percebo em nosso município um certo quê de regozijo de alguns diante de um flagrante mau uso de recursos que um olhar distraído ou pouco lúcido pode entender como iniciativa positiva, progresso e até mesmo boa governança.
Maricá assiste, nos últimos meses, a uma sanha desenfreada de capeamento asfáltico de suas vias internas, a maior parte delas operada e financiada pelo Governo do Estado e capitalizada pela prefeitura como mérito próprio. É inegável o conforto de poder chegar em nossas casas sem o sofrimento dos buracos e poeira das vias de terra batida, mas da mesma forma não se pode deixar de perceber tanto a tibieza no preparo dessas vias para receber o asfalto quanto a má escolha do revestimento em um município totalmente carente de infraestrutura para captação e escoamento de águas pluviais. Só para citar um exemplo simples, na Barra de Maricá apenas no entorno da pracinha de Zacharias, ali entre as Ruas 1 e 2, há a instalação de uma tubulação, totalmente subdimensionada, diga-se. De resto, como já aconteceu em outras áreas, todas as treze ruas vêm sendo capeadas sem qualquer preocupação com o período de chuvas que se aproxima. Imagino que os residentes na parte baixa da região já devem estar preocupados com a inundação de seus terrenos.
Ah! Dirão alguns. Asfalto é progresso! Não necessariamente. O calçamento dessas vias internas com paralelepípedos ou blocos cimentícios inter travados possibilitaria igual conforto e ainda permitiria a rápida absorção da água, renovando o lençol freático e contribuindo para o meio-ambiente.
Engraçado perceber como as pessoas confundem as coisas e querem crer que calçar suas ruas seja sinal de atraso, quando metrópoles espetaculares como Paris mantém imensas avenidas e grande parte de suas ruas internas com esse revestimento há séculos. Não por acaso inexistem notícias de alagamentos e outras calamidades por ali...
A questão é, na verdade, outra; calçamento requer cuidado, esmero, na colocação e toma mais tempo. Não se torna uma ferramenta política às vésperas de eleições, não exige grandes intervenções recorrentes, não "faz vista" para o alcaide preguiçoso... Pena que enquanto um permanece por séculos, o outro deteriora-se após as primeiras chuvas, mas quem sabe se não é este o propósito?
O tema pode evoluir por diversos outros aspectos visíveis em Maricá, desde o viaduto mal traçado que exigiu semanas de trabalho de escavadeiras para fazer a água passar-lhe por baixo e poder assim ser alcunhado de ponte quando de sua ruidosa inauguração, até as impensadas alterações no trânsito do Centro responsáveis pelo advento dos engarrafamentos, sem contar as inúmeras proibições de parqueamento que se conjugam com os estacionamentos privados dos amigos da corte. Assim, por falta absoluta de planejamento urbano, fiscalização e cuidado estético, a cidade "incha" demograficamente sem que de fato "cresça" e se fortaleça como destino de qualidade.
Os royalties do petróleo transformaram Maricá em cidade com muito recurso, mas seu uso, à parte a formação de um fabuloso butim petista sem fiscalização graças a uma Câmara de apaniguados e cooptados, tem sido desastroso para nosso futuro.
No apagar das luzes da última legislatura municipal, aquele que foi seguramente a grande exceção política da cidade por sua seriedade, seu perfil combativo e íntegro e sua absoluta independência - é mais que evidente que falo do ex-vereador Claudio Ramos - apresentou um projeto amplo e ambicioso, embora totalmente factível e bem alicerçado por estudos sérios, previsão de origem dos recursos e prazos para sua plena consecução, para Maricá atingir 100% de coleta e tratamento sanitário do esgoto domiciliar e águas servidas, bem como a universalização da distribuição de água no município em um prazo de quatro a cinco anos a partir da criação da Empresa Municipal de Água e Esgoto e da privatização dos serviços sanitários. Isso faria de Maricá uma das raras cidades brasileiras com essa marca, número que mal alcança os dedos de uma só mão em um país onde apenas 46% dos municípios têm algum índice diferente de zero nesse quesito, o que explica a tragédia da saúde pública que ceifa as camadas menos favorecidas.
Apenas o fisiologismo e o ranço político que permeia aquela casa de leis assemelhada aos piores bordéis pode explicar o automático engavetamento da proposta; "difícil apresentar um projeto de lei desta ordem...pela autoria..." disse candidamente o representante da ave etílica. Seria até cômico, não fosse trágico perceber tanta miopia, tanta má-fé, tanto desvario administrativo.
Invasão de áreas nobres pelo comércio irregular - a eterna vocação para a birosca e para a camelotagem que nada mais é que a venda de produto roubado, seja contrabando (roubo de fronteira), patente (falsificação) ou carga (genuíno sem comprovação de origem) - que além de não gerar divisas ainda emporcalha a cidade. Crescimento do trânsito de drogados e mendigos pelas ruas e praças, coisa que não havia em Maricá. Profusão de inúteis de uma Guarda Municipal especializada em conversas ao celular e inépcia por absoluta falta de treinamento e/ou supervisão e metas claras. Poderíamos seguir enumerando mazelas nessa linda e maltratada Maricá, tantos e por tão longo tempo se sucedem os equívocos.
Daí meu lamento. Daí minha certeza de que podia e devia estar muito melhor, próximo do ótimo, sem muito esforço, mas faltam vontade e políticos mais que vontade política como se costuma dizer nas conversas; vontade genuína para abraçar o caminho honrado e demonstrar amor pelo chão em que vive e políticos de estirpe, homens de bem cuja atitude reflita os anseios daqueles a quem representam. Mais ainda, falta visão, falta grandeza, falta alma...
Quem sabe as urnas possam soprar os ventos da mudança e nos colocar no rumo certo? Afinal, Maricá pode não ter tantas décadas mais para perder antes de se tornar inviável sua cura...
Certa feita desabafei nas linhas deste blog que cidades têm vida e características próprias e tendem a crescer ou estagnar conforme sua sociedade se organize em torno de visões e vocações.
Minha volta ao tema se dá quando percebo em nosso município um certo quê de regozijo de alguns diante de um flagrante mau uso de recursos que um olhar distraído ou pouco lúcido pode entender como iniciativa positiva, progresso e até mesmo boa governança.
Maricá assiste, nos últimos meses, a uma sanha desenfreada de capeamento asfáltico de suas vias internas, a maior parte delas operada e financiada pelo Governo do Estado e capitalizada pela prefeitura como mérito próprio. É inegável o conforto de poder chegar em nossas casas sem o sofrimento dos buracos e poeira das vias de terra batida, mas da mesma forma não se pode deixar de perceber tanto a tibieza no preparo dessas vias para receber o asfalto quanto a má escolha do revestimento em um município totalmente carente de infraestrutura para captação e escoamento de águas pluviais. Só para citar um exemplo simples, na Barra de Maricá apenas no entorno da pracinha de Zacharias, ali entre as Ruas 1 e 2, há a instalação de uma tubulação, totalmente subdimensionada, diga-se. De resto, como já aconteceu em outras áreas, todas as treze ruas vêm sendo capeadas sem qualquer preocupação com o período de chuvas que se aproxima. Imagino que os residentes na parte baixa da região já devem estar preocupados com a inundação de seus terrenos.
Ah! Dirão alguns. Asfalto é progresso! Não necessariamente. O calçamento dessas vias internas com paralelepípedos ou blocos cimentícios inter travados possibilitaria igual conforto e ainda permitiria a rápida absorção da água, renovando o lençol freático e contribuindo para o meio-ambiente.
Engraçado perceber como as pessoas confundem as coisas e querem crer que calçar suas ruas seja sinal de atraso, quando metrópoles espetaculares como Paris mantém imensas avenidas e grande parte de suas ruas internas com esse revestimento há séculos. Não por acaso inexistem notícias de alagamentos e outras calamidades por ali...
A questão é, na verdade, outra; calçamento requer cuidado, esmero, na colocação e toma mais tempo. Não se torna uma ferramenta política às vésperas de eleições, não exige grandes intervenções recorrentes, não "faz vista" para o alcaide preguiçoso... Pena que enquanto um permanece por séculos, o outro deteriora-se após as primeiras chuvas, mas quem sabe se não é este o propósito?
O tema pode evoluir por diversos outros aspectos visíveis em Maricá, desde o viaduto mal traçado que exigiu semanas de trabalho de escavadeiras para fazer a água passar-lhe por baixo e poder assim ser alcunhado de ponte quando de sua ruidosa inauguração, até as impensadas alterações no trânsito do Centro responsáveis pelo advento dos engarrafamentos, sem contar as inúmeras proibições de parqueamento que se conjugam com os estacionamentos privados dos amigos da corte. Assim, por falta absoluta de planejamento urbano, fiscalização e cuidado estético, a cidade "incha" demograficamente sem que de fato "cresça" e se fortaleça como destino de qualidade.
Os royalties do petróleo transformaram Maricá em cidade com muito recurso, mas seu uso, à parte a formação de um fabuloso butim petista sem fiscalização graças a uma Câmara de apaniguados e cooptados, tem sido desastroso para nosso futuro.
No apagar das luzes da última legislatura municipal, aquele que foi seguramente a grande exceção política da cidade por sua seriedade, seu perfil combativo e íntegro e sua absoluta independência - é mais que evidente que falo do ex-vereador Claudio Ramos - apresentou um projeto amplo e ambicioso, embora totalmente factível e bem alicerçado por estudos sérios, previsão de origem dos recursos e prazos para sua plena consecução, para Maricá atingir 100% de coleta e tratamento sanitário do esgoto domiciliar e águas servidas, bem como a universalização da distribuição de água no município em um prazo de quatro a cinco anos a partir da criação da Empresa Municipal de Água e Esgoto e da privatização dos serviços sanitários. Isso faria de Maricá uma das raras cidades brasileiras com essa marca, número que mal alcança os dedos de uma só mão em um país onde apenas 46% dos municípios têm algum índice diferente de zero nesse quesito, o que explica a tragédia da saúde pública que ceifa as camadas menos favorecidas.
Apenas o fisiologismo e o ranço político que permeia aquela casa de leis assemelhada aos piores bordéis pode explicar o automático engavetamento da proposta; "difícil apresentar um projeto de lei desta ordem...pela autoria..." disse candidamente o representante da ave etílica. Seria até cômico, não fosse trágico perceber tanta miopia, tanta má-fé, tanto desvario administrativo.
Invasão de áreas nobres pelo comércio irregular - a eterna vocação para a birosca e para a camelotagem que nada mais é que a venda de produto roubado, seja contrabando (roubo de fronteira), patente (falsificação) ou carga (genuíno sem comprovação de origem) - que além de não gerar divisas ainda emporcalha a cidade. Crescimento do trânsito de drogados e mendigos pelas ruas e praças, coisa que não havia em Maricá. Profusão de inúteis de uma Guarda Municipal especializada em conversas ao celular e inépcia por absoluta falta de treinamento e/ou supervisão e metas claras. Poderíamos seguir enumerando mazelas nessa linda e maltratada Maricá, tantos e por tão longo tempo se sucedem os equívocos.
Daí meu lamento. Daí minha certeza de que podia e devia estar muito melhor, próximo do ótimo, sem muito esforço, mas faltam vontade e políticos mais que vontade política como se costuma dizer nas conversas; vontade genuína para abraçar o caminho honrado e demonstrar amor pelo chão em que vive e políticos de estirpe, homens de bem cuja atitude reflita os anseios daqueles a quem representam. Mais ainda, falta visão, falta grandeza, falta alma...
Quem sabe as urnas possam soprar os ventos da mudança e nos colocar no rumo certo? Afinal, Maricá pode não ter tantas décadas mais para perder antes de se tornar inviável sua cura...
Com todo o respeito ao Sr. Hélio Braga, discordo veementemente de que o paralelepípedo de granito seja uma solução viável de calçamento das ruas de nossa região. Aqui em Itaipuaçu ele foi usado no entorno do terminal rodoviário e mostrou-se um desastre. Quando os ônibus começaram a circular com mais frequência, o solo frágil, areia e argila, encharcados pelas chuvas constantes e lençol freático alto, mais a pressão do peso de ônibus e caminhões fizeram aquele trecho da via ficar com enormes ondulações e acúmulo de água. A solução só veio com o asfaltamento impermeabilizando a via. Tão pouco concordo com a solução eleitoreira de nosso odioso prefeito de asfaltar ruas sem rede de drenagem, pois as águas pluviais se acumulam formando buracos enormes na pista. Um bom exemplo disso é a rua 34, asfaltada pelo ex-prefeito Ricardo Queiroz. Um projeto bom, mas com custo financeiro questionável, é o do Governo do Estado, o Bairro novo. Asfalto com passeio público e rede de microdrenagem escoando a água para o Canal da Costa e para o Riacho da Pedra. O município deveria copiar a ideia e estendê-lo para todos os bairros habitados de Maricá.
ResponderExcluirDesculpe, caro leitor, mas a solução de asfaltamento de todos os bairros de Maricá - não importa em que modelo seja - é justamento o que deve ser evitado, pois a impermeabilização plena do solo em nada acrescenta de positivo ao meio ambiente, muito pelo contrário. O problema ocorrido no caso citado decorre do mau preparo do solo para o assentamento do calçamento e da forma adotada - linhas ratas alternadas em mata-junta - que nã permite o travamento dos blocos. Basta dar uma olhada nos desenhos aplicados na Europa para perceber a diferença; lá os blocos são colocados em meia-lua e isso faz com que não haja deslocamentos. O exemplo é facilmente comprovado com uma breve busca na Internet, caso o amigo não o conheça "in loco". De qualquer forma é bom saber que outros também discordam das práticas eleitoreiras do alcaide. Um abraço e o rigado pelo comentário. HB
ResponderExcluirGraças a este texto descobri a solução para o problema de 99% do moradores de Itaipuaçu, que penam diariamente com buracos enormes e muita lama em dias de chuva: Mudar para Paris! (A diferença entre o teimoso e o persistente é que o teimoso nem desconfia que é está equivocado)
ResponderExcluirCaro HB, respeito todas as idéias e sou defensor da livre manifestação do pensamento e contrário ao que reza a Constituição Federal, que veda o anonimato, acredito que as opiniões devam ser julgadas pelo seu mérito e não pela imagem pública de seu autor. O problema que ocorreu no entorno do Terminal Rodoviário de Itaipuaçu, não foi falta de "intertravamento" dos paralelepípedos, mas sim o afundamento da pista em 1 m de profundidade ocasionado pelo encharcamento e fragilização do solo. Palavra de quem vivenciou o problema diariamente ao levar os filhos para a escola. Cabe lembrar que Itaipuaçu não é o Leblon.
ResponderExcluirEssa proposta parece-me fora de contexto. Creio, corrijam-me se eu estiver enganado, que Maricá possui uma vasta área territorial e uma população relativamente pequena, algo em torno de 140 mil habitantes, o que resulta baixa densidade demográfica. 90% de suas vias públicas não possuem revestimento algum e suas residências são, em sua maioria, casas com jardins e quintais por onde a água da chuva infiltra-se facilmente. Essa proposta dos paralelepípedos estaria mais bem colocada para regiões como o Centro e a Zona Sul do Rio de Janeiro, onde predominam prédios de edifícios, com alta taxa de impermeabilização do solo. Suponho que vá demorar pelo menos uns quatrocentos anos para que Maricá atinja esse patamar de impermeabilização do solo. Não seria mais racional elaborar leis urbanísticas, limitando a área construída, obrigando o proprietário, sob pena de multa pecuniária, a manter uma parte do solo do lote com cobertura vegetal? Ou o lógico em nosso país é deixar que o mercado imobiliário faca o que bem enteder pois, o poder público, depois dos danos ambientais, virá em socorro ao meio ambiente, gastando rios de diheiro para satisfazer os ambientalistas elitizados, desviando os recursos públicos tão mais necessários a saúde e a educação?
ResponderExcluirSou morador também de Itaipuaçu, e sou contra o uso do asfalto, pois além de já exposto no texto, o colocado na região não é de boa qualidade (vide os buracos q já apareceram) e a drenagem não suporta, vide os imensos bolsões d´ agua que surgem após chuvas fortes e o "eterno" bolsão na estrada..ja´reportado no site. Não precisamos ir na Europa, basta vir ao Rio ,aonde diversas ruas, ladeiras e tuneis ainda existem paralelipípedo..e não ocorre o q aconteceu junto a Rodoviária, o problema ali como entre outros locais q tem asfalto em Itaipuaçu...é q não há base p/ sustentar o peso constante da passagem de onibus e caminhoes .... E além que na minha opinião, os blocos de cimento, são mais "simpaticos "para uma região de casas e praia, como vejo q foi usado em Mangaratiba (onde minha mãe mora) e q aquecem menos q o asfalto..q veremos quando chegar no verão a "onda de calor " q subirá da pista...
ResponderExcluirTenho casa de veraneio em Itaipuaçu e só apareço em dias ensolarados e férias de verão ou quando nosso bom prefeito dá show musical com dinheiro do contribuinte. Estou pouco me importando com quem mora ai e vive atolado na lama.
ResponderExcluir"Não foi falta de "intertravamento" dos paralelepípedos, mas sim o afundamento da pista em 1 m de profundidade ocasionado pelo encharcamento e fragilização do solo."
ResponderExcluirOra, o que foi dito é justamente que não houve o preparo do solo. Como isso não foi feito, ele obviamente afundou.
Vale lembrar que preparar o solo é algo que necessário tanto para paralelepípedos quanto para asfalto e o resultado do desleixo na cama do assentamento estraga os dois tipos de pavimentação. Vale lembrar, também, que aquele mesmo trecho da rodoviária atualmente está ondulado e esburacado – onde não foi recapeado. O “esmero” é tanto que esse asfalto “tão bem impermeabilizado”, conforme dito, foi feito diretamente por cima dos paralelepípedos.
O asfalto na Estrada de Itaipuaçu (teoricamente drenado) tem somente 3 anos e já está esburacado em vários trechos. A maneira como ele foi feito fatalmente será reproduzida nas vias internas e o resultado será igual – BURACO.
A utilização de paraleleípidos com assentamento adequado é a solução que qualquer engenheiro rodoviário daria para vias internas com pouca circulação de veículos em uma região de restinga onde, abaixo da turfa, existe uma areia perfeita para compactação.
É claro que um assentamento de paralelepípedos mal feito dará muito mais trabalho de maquiar do que um asfalto remedado eternamente. Não pode ser feito às pressas, como muito bem exposto por Hélio Braga, mas sim, é a solução mais adequada tecnicamente e mais agradável visualmente, já que ajudaria a preservar a característica provinciana de Itaipuaçu.
Drenagem adequada do solo + grade de assentamento bem feito = pavimentação que dura séculos sem ser mexida.
O que faltou discutir aqui é o custo e o benefício do asfalto e do paralelepípedo, adequando à realidade de Itaipuaçu. Prefeituras pobres dificilmente adotariam a proposta mais cara. Outros fatores devem ser considerados, como a necessidade de recursos para a área da saúde. Um prefeito, nem que fosse homem probo, com expectativa de governar 8 anos não adotaria a solução mais cara, beneficiando um número menor de habitantes e retirando recursos de outras áreas essenciais. Mas como proposta, toda tese romantizada tem o seu valor.
ResponderExcluir