A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vai cobrar do Governo estadual uma série de providências para reforçar o policiamento nos ônibus. Em audiência pública nesta terça-feira (25) para discutir as causas da violência contra motoristas e cobradores, os rodoviários reclamaram da violência diária nos coletivos, que inclui assaltos, roubos e agressões de todo tipo.
O presidente da Comissão, deputado Iranildo Campos (PSD), propôs a criação de um batalhão especial da PM para o policiamento e a prevenção de crimes nos ônibus. Hoje, o policiamento só é feito na capital, através do Grupamento Transportado em Ônibus Urbano (GPTOU). A Região Metropolitana não conta com esse tipo de proteção. Além disso, o efetivo do GPTOU é muito pequeno. São apenas 70 policiais na área do Centro e 25 na Zona Oeste, número insuficiente para conter a ação de bandidos nos coletivos.
Iranildo propõe também a criação de um banco digital contendo as imagens capturadas pelas câmeras de monitoramento dos ônibus. As imagens são fundamentais para o esclarecimento de crimes e o reconhecimento de agressores. No entanto, as empresas de ônibus mantêm as imagens armazenadas por apenas 30 dias. Após este prazo, elas são apagadas.
“Com o arquivo digital, as imagens ficarão armazenadas pelo tempo que durar o inquérito policial. Muitas vezes, um assaltante deixa de ser reconhecido e julgado porque a imagem é apagada 30 dias depois do crime. O banco digital vai ajudar a elucidar uma série de ocorrências”, afirma Iranildo.
Outra proposta em debate foi a implantação de cofres com “boca de lobo” nos ônibus, para proteger a guarda de dinheiro e desestimular os assaltos. Esse tipo de crime registra maior incidência em vias expressas, como a Ponte Rio-Niterói e as Avenidas Brasil e Ayrton Senna. Durante a audiência, o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio), José Carlos Sacramento, disse que a categoria vive hoje uma situação insustentável. “Estamos expostos e indefesos. Diariamente, somos vítimas de assaltos, agressões e ameaças. Muitos colegas deixaram de trabalhar ou estão encostados por não suportar 12 horas de tensão diária. Essa violência atinge tanto os rodoviários quanto os passageiros”, ressaltou.
Outro problema recorrente é a resistência dos profissionais e das empresas em denunciar os crimes. Segundo o GPTOU do 5º BPM (Centro), as ocorrências policiais nos ônibus dispararam este ano. Foram seis registros em janeiro e 11 em fevereiro, contra 3 e 4 nos mesmos meses de 2013, respectivamente. No Grupamento da Zona Oeste, criado em 17 de dezembro do ano passado, foram registradas 36 prisões e a apreensão de duas pistolas e um revólver, além de pequenas quantidades de cocaína, maconha e crack.
Participaram da audiência o presidente da Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, Antonio de Freitas Tristão; o presidente da Nova Central Sindical, Sebastião José da Silva; o diretor de Comunicação da Fetranspor, Paulo Fraga; o delegado de Polícia Civil Carlos Augusto Neto Leba, o capitão PM Marcelo Alves (GPTOU do 5º BPM), o diretor técnico do Detro, João Cassimiro Araújo, e o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Niterói, Antonio da Conceição Silva. Pela Comissão de Segurança Pública, estiveram presentes os deputados Flavio Bolsonaro (PP), Paulo Ramos (PSol) e Zaqueu Teixeira (PT).
JB
Deputado Iranildo Campos (Foto: Marcelo Bessa) |
Iranildo propõe também a criação de um banco digital contendo as imagens capturadas pelas câmeras de monitoramento dos ônibus. As imagens são fundamentais para o esclarecimento de crimes e o reconhecimento de agressores. No entanto, as empresas de ônibus mantêm as imagens armazenadas por apenas 30 dias. Após este prazo, elas são apagadas.
“Com o arquivo digital, as imagens ficarão armazenadas pelo tempo que durar o inquérito policial. Muitas vezes, um assaltante deixa de ser reconhecido e julgado porque a imagem é apagada 30 dias depois do crime. O banco digital vai ajudar a elucidar uma série de ocorrências”, afirma Iranildo.
Outra proposta em debate foi a implantação de cofres com “boca de lobo” nos ônibus, para proteger a guarda de dinheiro e desestimular os assaltos. Esse tipo de crime registra maior incidência em vias expressas, como a Ponte Rio-Niterói e as Avenidas Brasil e Ayrton Senna. Durante a audiência, o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio), José Carlos Sacramento, disse que a categoria vive hoje uma situação insustentável. “Estamos expostos e indefesos. Diariamente, somos vítimas de assaltos, agressões e ameaças. Muitos colegas deixaram de trabalhar ou estão encostados por não suportar 12 horas de tensão diária. Essa violência atinge tanto os rodoviários quanto os passageiros”, ressaltou.
Outro problema recorrente é a resistência dos profissionais e das empresas em denunciar os crimes. Segundo o GPTOU do 5º BPM (Centro), as ocorrências policiais nos ônibus dispararam este ano. Foram seis registros em janeiro e 11 em fevereiro, contra 3 e 4 nos mesmos meses de 2013, respectivamente. No Grupamento da Zona Oeste, criado em 17 de dezembro do ano passado, foram registradas 36 prisões e a apreensão de duas pistolas e um revólver, além de pequenas quantidades de cocaína, maconha e crack.
Participaram da audiência o presidente da Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, Antonio de Freitas Tristão; o presidente da Nova Central Sindical, Sebastião José da Silva; o diretor de Comunicação da Fetranspor, Paulo Fraga; o delegado de Polícia Civil Carlos Augusto Neto Leba, o capitão PM Marcelo Alves (GPTOU do 5º BPM), o diretor técnico do Detro, João Cassimiro Araújo, e o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Niterói, Antonio da Conceição Silva. Pela Comissão de Segurança Pública, estiveram presentes os deputados Flavio Bolsonaro (PP), Paulo Ramos (PSol) e Zaqueu Teixeira (PT).
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