Pela Libertadores, Flamengo tropeça diante do Leon-MEX

Por William Amaral

Tinga, do Cruzeiro, é vítima de racismo no Peru
  
Caiu de pé. Na estreia do Flamengo pelo Grupo 7 da Libertadores, o time de Jayme de Almeida foi valente, mas lutando, fora de casa, com um homem a menos e contra a arbitragem, saiu derrotado pelo León, do México.

Em um início de jogo quente, com direito a boas chegadas do time da casa e uma bola no travessão de Hernane, Amaral se excedeu e após acertar uma solada violentíssima em Montes, foi expulso logo aos 12. O time mexicano tomou conta do jogo e após bola levantada na área, Hernane se enroscou com Boselli e o juiz apontou pênalti. O mesmo Boselli bateu e fez aos 31. O Flamengo foi buscar o empate e mesmo com um a menos, não demorou a encontrar o caminho do gol. Aos 42, Elano cobrou falta pelo alto e Cáceres desviou de cabeça para empatar. Veio a segunda etapa e a pressão mexicana pela vitória se intensificou e aos 14, Arizala caiu após choque com André Santos e o árbitro marcou nova penalidade. Boselli foi para a cobrança, deu cavadinha, mas parou em Felipe, que tem estado inspirado nos últimos jogos. No lance seguinte, Elano carimbou a trave. O jogo estava aberto até que Arizala aproveitou sobra de bola na área rubro-negra e fez o segundo gol mexicano. Cansado, o Fla até tentou reagir, mas chegou muito mais perto de sofrer o terceiro gol do que empatar, chegando a levar duas bolas na trave. Ficou nisso. Cáceres e Felipe tiveram grandes atuações, enquanto Amaral prejudicou imensamente a equipe. O Urubu volta a jogar pelo torneio sul-americano no dia 26 de fevereiro contra o Emelec, no Maracanã.

Lamentável. Estreando pelo Grupo 5 da Libertadores, o Cruzeiro foi ao Peru enfrentar o Real Garcilaso e voltou com muito mais que uma derrota. No campo, 2 a 1, de virada, para o time da casa, com Bruno Rodrigo marcando para o atual campeão brasileiro. Fora das quatro linhas, um show de irregularidades e até crimes. Já na terça-feira, o treino do time mineiro durou apenas 20 minutos por conta de um apagão no local do treinamento. Quando a diretoria celeste se prontificou a abastecer os geradores, foi informada de que não havia gasolina no local. Na partida, ainda mais problemas: gramado ruim, a já conhecida altitude, vestiário sem água, gandulas lentos após a virada do time local e o pior: o racismo da torcida peruana, que a cada toque na bola do volante Tinga, imitava som de macaco, gerando a revolta de toda a delegação do Cruzeiro. A Conmenbol, que deveria punir todas essas irregularidades, nada fará, uma vez que a única chance desses times vencerem as equipes brasileiras é apelando (e muito) fora de campo. Mais uma mostra do que é a Libertadores.





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