Estiagem aumenta queimadas em 400%

Sem chuva há cerca de 20 dias e com temperaturas que passam de 40 graus Celsius, o estado do Rio de Janeiro teve desde 1º de janeiro deste ano 380% mais focos de incêndio registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o maior aumento entre todas as unidades da Federação. O monitoramento do instituto contabilizou 48 queimadas no estado até a terça-feira, enquanto, no mesmo período do ano passado, o número não passou de dez.

Balão provoca incêndio na Serra da Tiririca
(Foto: Ricardo Vieira Ferreira)
No mês de janeiro, foram 35 focos de incêndio detectados pelos satélites do Inpe, um patamar quase três vezes maior que o de janeiro de 2010, que detinha o recorde até então, com 13 focos. A média para janeiro, calculada desde 1998, é sete focos. Em quatro dias, o mês de fevereiro já soma 13 focos, dois a menos que a média histórica para o mês, de 11. Para o segundo mês do ano, o recorde também é 2010, com 73 focos.

O diretor de Biodiversidade de Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente, André Ilha, disse que a situação é preocupante: “O risco de fogo está generalizado no estado todo. Estamos atravessando uma onda de calor e de falta de chuvas sem precedentes. Pelo menos eu não me lembro de tantos dias seguidos de falta de chuva no verão. No início, a situação era menos critica porque a umidade estava elevada. Mas, desde o fim da semana passada, ela baixou bastante”.

Para André Lima, o número de focos de incêndio deve ser ainda maior do que o registrado pelo Inpe, já que muitos não atingem proporções visíveis por satélite. No Parque Estadual de Cunhambebe, em Itaguaí, um incêndio foi debelado ontem, mas equipes ainda combatem focos menores nas redondezas. Já na Serra da Tiririca, em Maricá, o incêndio foi causado por um balão que, ao atingir a vegetação seca, espalhou o fogo.

“As pessoas precisam tomar muito cuidado para não causar esses incêndios acidentalmente, e consciência para acabarem com esse hábito de soltar balões. Determinados incêndios ameaçam postes de fiação e residências”.

Fonte: A Tribuna





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