Rio: PT e PMDB rompem acordo político

Quaquá fura acordo com PMDB e Cabral comunica exonerações de petistas por e-mail.

A aliança que perdurava desde 2006 entre o PT e o PMDB no Rio de Janeiro teve o seu fim anunciado na manhã desta segunda-feira no Palácio Guanabara num encontro entre o Governador Sérgio Cabral e o presidente regional do PT, Washington Quaquá.

Cabral e Quaquá se reuniram no Palácio
da Guanabara e selaram o fim do acordo
(Foto: André Naddeo / Terra)

O combinado político no Rio de Janeiro era que, no dia 31 de março, o PT entregaria ao governador os cargos ocupados pelo partido. Todavia, Quaquá furou o acordo e anunciou que o partido iria pular fora do barco com um mês de antecedência, entregando os cargos no dia 28 de fevereiro.

A relação do PT e do PMDB no Rio de Janeiro azedou depois que o diretório regional dos petistas resolveu que lançaria candidatura própria para o governo do estado. A cúpula do PMDB se reuniu e decidiu que manteria o “casamento” desde que o nome para encabeçar a chapa do governo carioca fosse o de Luiz Pezão, atual vice-governador do estado. O PT não deu a mínima a essa condição e anunciou o senador petista Lindbergh Farias como pré-candidato.

Senador Lindbergh Farias (PT) deve
disputar  o governo do Rio

De acordo com Quaquá, 200 petistas que formam a base do governo já foram comunicados de seu afastamento pelo próprio Cabral, em e-mail enviado na madrugada deste domingo. “Acredito que devam ser, no total, uns 350 ou até 400, já que tem gente antiga aí”, disse. "O PT está saindo do governo, então todos os petistas devem sair. Essa é uma determinação do partido”, completou.

Em nota, o governador agradeceu a Quaquá pelos “sete anos e um mês de convívio fraterno com os companheiros do partido” e lembrou que o governo do Rio também foi comunicado da saída do PT por e-mail.