Por Walter Monteiro - De tanto mau gosto, a fachada da Casa de Cultura se torna o protótipo da anti-arte. O prédio já não é lá grande coisa: feinho por fora, horrível por dentro. O que salva é seu valor histórico, assim mesmo, nos idos de noventa, nem político considerava: quebraram paredes para abrigar Banco do Brasil, reformavam gabinetes a cada eleição, sem falar quando ali funcionou prefeitura. Na época, fizeram tudo para destruí-lo, mas o teimoso do prédio resistiu, até no roubo do cofre foi arrastado escada abaixo e a madeira aguentou, pena que o dinheiro sumiu.
Hoje, nas mãos do governo atual, o prédio parece estar salvo, vamos ver até quando, por enquanto ninguém quebrou nada, quer dizer, quebraram aquele laguinho no entorno, denominado “viveiro de dengue” por ordem da justiça. Recentemente destruíram o jardim suspenso, outro laguinho, que no governo Queiroz tinha peixinho, mas, por falta de manutenção, morreu. Depois foi decorado com pontas de cigarros e as crianças, sem melhor opção, brincavam de pescar “guímbas”. E por último, ninguém aguentou mais: virou mictório dos bebuns, um dos motivos da demolição.
Hoje, graças a Deus, a Casa de Cultura abriga um projeto revolucionário: ensinar o maricaense a ter cultura, mas para chegar a essa etapa foi feito um trabalho árduo de lavagem cerebral: primeiro acabaram com a tradição cafona da cidade e, para isso, mandaram aquelas escolas de samba horrorosas para Niterói, sumiram com as “furiosas”, as bandas barulhentas dos garbosos estudantes, onde as meninas, com suas arpas de “pim, pirili, pimpim”, agrediam ouvidos sensíveis e os jovens, com gigantescos bumbos de “ratibom, parali, pom pom”, eram ensaiados pelo Macuco, lendário regente, com capacidade inata na orientação vocacional, dando certeza aos jovens de que poderiam ser qualquer coisa, menos músico.
Como o projeto atual é revolucionário, alguns acreditam ter vindo de Cuba, os idealizadores chegaram a conclusão de que seria preciso reeducar a nova geração de forma lenta, gradual e progressiva, tipo projeto de anistia da ditadura e começar do zero. Para isso foi criado o “Cinema das quartas”, introduzindo lentamente cultura nos jovens através dos filmes do “Mazaropi”. Uma forma didática para descobrir quem tem o dom de “Jéca” e se tornar um “bocó” alegre, satisfeito da vida e não perceber seu futuro surrupiado.
Uma segunda etapa, assistiriam Claplin, desenvolvendo a capacidade criativa da pantomima e finalmente chegariam clássico “Lula filho da terra”, última etapa da nova cultura vermelha, uma fórmula experimental de criar retardados e dependentes das variadas bolsas: familia, cultura, Permanencia, copa, auxílio, tiracolo, um laboratório exprimental para encabrestar eleitores e se perpetuar no poder.
Hoje, nas mãos do governo atual, o prédio parece estar salvo, vamos ver até quando, por enquanto ninguém quebrou nada, quer dizer, quebraram aquele laguinho no entorno, denominado “viveiro de dengue” por ordem da justiça. Recentemente destruíram o jardim suspenso, outro laguinho, que no governo Queiroz tinha peixinho, mas, por falta de manutenção, morreu. Depois foi decorado com pontas de cigarros e as crianças, sem melhor opção, brincavam de pescar “guímbas”. E por último, ninguém aguentou mais: virou mictório dos bebuns, um dos motivos da demolição.
Hoje, graças a Deus, a Casa de Cultura abriga um projeto revolucionário: ensinar o maricaense a ter cultura, mas para chegar a essa etapa foi feito um trabalho árduo de lavagem cerebral: primeiro acabaram com a tradição cafona da cidade e, para isso, mandaram aquelas escolas de samba horrorosas para Niterói, sumiram com as “furiosas”, as bandas barulhentas dos garbosos estudantes, onde as meninas, com suas arpas de “pim, pirili, pimpim”, agrediam ouvidos sensíveis e os jovens, com gigantescos bumbos de “ratibom, parali, pom pom”, eram ensaiados pelo Macuco, lendário regente, com capacidade inata na orientação vocacional, dando certeza aos jovens de que poderiam ser qualquer coisa, menos músico.
Como o projeto atual é revolucionário, alguns acreditam ter vindo de Cuba, os idealizadores chegaram a conclusão de que seria preciso reeducar a nova geração de forma lenta, gradual e progressiva, tipo projeto de anistia da ditadura e começar do zero. Para isso foi criado o “Cinema das quartas”, introduzindo lentamente cultura nos jovens através dos filmes do “Mazaropi”. Uma forma didática para descobrir quem tem o dom de “Jéca” e se tornar um “bocó” alegre, satisfeito da vida e não perceber seu futuro surrupiado.
Uma segunda etapa, assistiriam Claplin, desenvolvendo a capacidade criativa da pantomima e finalmente chegariam clássico “Lula filho da terra”, última etapa da nova cultura vermelha, uma fórmula experimental de criar retardados e dependentes das variadas bolsas: familia, cultura, Permanencia, copa, auxílio, tiracolo, um laboratório exprimental para encabrestar eleitores e se perpetuar no poder.
Infelizmente a matéria encontra nas concepções pessoais do autor do que é cultura, do que é belo e importante um ponto de fraquíssima relevância, salvando-se, quase por milagre, as informações históricas do prédio. Está claro que o “repórter” é um péssimo crítico de cinema, cultural e arquitetônico e expressa sua opinião simplória e xucro baseado em suas concepções e gostos pessoais sem o mínimo de isenção.
ResponderExcluirO termo Cultura é um termo muito amplo. Cultura se faz com história local sendo valorizada por ações que relembrem o passado. Cultura se faz pelo enriquecimento do conhecimento do povo de forma que ele fique ciente de onde ele veio e possa definir para onde ele vai. Cultura se faz com políticas públicas através de projetos competentes e criativos. Podem "estrangeiros" ao local promover boas idéias ? A resposta é: só se forem competentes. Caso contrário promovem uma série de sandices e bizarrices e acham que está tudo bonito mas não está.Fazem promoções olhando mais para o umbigo do que para o povo ao qual se destina. E o pior é quando estes recebem uma crítica, só sabem responder com a certeza dos ignorantes começando a frase com "Está claro que ...." partindo para ataques que desqualificam o escritor. Por acaso o Sr. Anônimo é algum "Einstein da Cultura" ? Por que se não for, rasga à vista o fato, passa a ter também uma opinião simplória e xucra baseada em suas "pobres" concepções e gostos pessoais e também sem o mínimo de isenção. Um fato que salta a vista são estas formigas muito feias que parecem aterrorizar os transeuntes e impedir que eles entrem na Casa da Cultura. Deve ser para chamar a atenção que lá dentro é uma Casa do Terror.
ResponderExcluirViajei pelo tempo como estivesse visualizando cada etapa da história. Imaginei o grande e pesado cofre que ao descer a velha escada quando roubado, até a madeira aguentou, mas o dinheiro sumiu e todo o resto muito bem entendido, com pitacos de política, introduzidos em cada cena, política nova... velha, e bem velha, mas que no fritar dos ovos são todas as mesmas querendo mais destruir do que consertar ou preservar. Bravos Sr Walter!
ResponderExcluirRi muito com sua matéria Srº Walter, porque só com humor pra falar das "manipulações " utilizadas nesta cidade maravilhosa aí. Sei que a idéia não era fazer piada, mas alertar a população sobre o uso de verba neste municipio... Eu não suportei o aviltamento da minha vida neste local. Tive uma queda financeira jamais vivida por mim... A cidade não oferece meio de trabalho, só agora , coisa de 1 ano contando com a "força" de grandes lojas que ja deveriam ter se instalado por aí. Só não tenho magoa por ter retornado e recuperado meu padrão de vida de outrora... Foram 5 anos e 4 meses caindo e caindo. Alguém precisa " abrir os olhos da população, ainda que seja fazendo piadas com coisas sérias, mas é preciso FALAR com a voz que se tem. Parabéns!!! continue lutando pois Maricá merece alguém que a defenda... Um dia tudo vai ser diferente e os nativos poderão "desfrutar" daquilo que lhes pertence por direito.Parabéns mesmo!!!
ResponderExcluirAs conclusões do Walter sobre os "efeitos" das obras aclamadas por critica e publico, por décadas, de Charlie Chaplin (imagino que houve um erro de digitação e nenhuma correção) e Mazaropi são, por si só, inéditas !!!
ResponderExcluirWalter é lamentável o que essa administração faz com a cultura dessa cidade. Pessoas equivocadas, incompetentes e de certa forma sem cultura nenhuma ocupam postos sem um mínimo senso de ridículo. A cultura é muito ampla mas há de se ter conhecimento de causa, não é para amadores. Eu particularmente em outras épocas realizei nesse espaço várias exposições fotográficas, exposição de Arte Plástica. Fiz inúmeros eventos de Concurso de Miss Maricá Oficial Universo para que o nome de nossa cidade fosse divulgado para todo o Brasil ao vivo pela televisão através das belas jovem que representaram com dignidade e postura todas as mulheres de Maricá. Nunca obtive uma ajuda de quem deveria promover a cultura da cidade, a não ser de uns pouco e abnegados comerciantes locais que vestiam a camisa da cultura. É triste vermos um povo achar que cultura são pequenos eventos "chinfrinhos" de de mau gosto feitos por pessoas que deveriam levar a população algo que seja realmente cultural. Abraços Erthal.
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