Nos meados de 2010 a Prefeitura de Maricá anunciou a implantação dos programas "Maricá cidade inteligente" e "e-cidade", os quais levariam conexão gratuita de internet à população. Para administrar este novo projeto, financiado pelo Governo Federal, após um conturbado período no comando da secretaria municipal de Finanças de Nova Iguaçu - RJ, durante a gestão do prefeito Lindbergh Farias (PT), chegava à cidade de Maricá, Maria Helena Alves Oliveira.
Especialista em Finanças e Direito Tributário e peça importante no esquema do mensaleiro José Dirceu para captação de royalties do Pré-Sal, Maria Helena foi enviada, na época, à cidade, para assumir pastas e áreas estratégicas (Fazenda, Executiva, TI, Controle Interno, RH e Administração) e, junto com o ex- chefe da Casa Civil do governo Lula, Marcelo Sereno e o ex-secretário de Saúde de Itaperuna -RJ, Carlos Alberto Malta Carpi, iniciaram um ambicioso esquema de corrupção jamais visto na história do município.
Sem a menor cerimônia, a nova secretária colocou Flávio Consoline, seu velho conhecido dos esquemas de Nova Iguaçu, nas comissões para compras milionárias de pacotes de software, tornando-o, inclusive, subsecretário municipal de Tecnologia da Informação. Em Nova Iguaçu, Flavio Consoline foi gestor da empresa DSF, ligada à Maria Helena, segundo ação movida contra ela pelo vereador Marcelo Ramos, que havia descoberto todo o esquema.
Maria Helena, ao longo de sua administração em Maricá, foi responsável pela assinatura de vários contratos com suspeita de superfaturamento e favorecimento de empresas ligadas à ela, como o polêmico caso, na época, do escandaloso contrato firmado entre a prefeitura e a empresa LM Lumar para locação de veículos à prefeitura no vultoso valor de R$ 3 milhões. Além do contrato com a LM Lumar, um outro, envolvendo a compra de 700 aparelhos de ar condicionado da marca Eletrolux, no qual foram entregues aparelhos de outra marca com diferença de preço aquém daquele que foi contratado, detectou-se uma manobra suspeita de desvio de verba pública.
Ao longo desse período, dezenas de escândalos rechearam as páginas dos veículos locais de comunicação. No início de junho de 2012, o então delegado da cidade, José William de Medeiros, enviou intimação à secretária Maria Helena, ao prefeito Quaquá e a nove vereadores para darem explicações sobre o remanejamento de uma verba orçamentária de cerca de R$ 160 milhões em julho de 2011, supostamente sob a égide da ilegalidade. Dias depois, a secretária exonerou-se e sumiu de cena. Pouco tempo depois o Delegado William foi transferido para outra delegacia e a questão caiu no esquecimento. Até hoje a maioria dos 11 pontos de conexão da prometida internet gratuita da Prefeitura ainda não funciona.
Esta propaganda impressa foi denunciada, juntamente com mais outras duas ao Ministério Público. Nelas estava escancarada a promoção pessoal de S. Excia. Quaquá. Foram instaurados 3 (três) inquéritos que deram causa a 3 (três) Ações de Improbidade Administrativa. S. Excia já foi condenada em uma delas a pagar 10 (dez) vezes seu salário, o que dá cerca de R$ 180 mil Reais.
ResponderExcluirPor favor, coloque aspas (") quando digitar a expressão INTERNET GRATUITA. É igual ao SHOW GRATUITO. Gratuito o cacete! Quem é que trabalha de graça? Nem relógio! Sai é do nosso bolso! Além, de tudo, gostam de nos fazer de otário. Mas, eu já tô cansado de ser enganado...
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