Por Luiz Antônio Moraes - Numa entre muitas reuniões em Itaipuaçu sobre segurança pública, um coronel disse que “sem um batalhão da PM não há como se ter segurança num município”. Então, o que passar disso é só blá-blá-blá.
Lideranças comunitárias de Itaipuaçu já estão escaldadas com um sem número de reuniões sobre esse tema. Quando se pensa que o encontro vai render frutos, o governo muda os comandos dos batalhões. Comandante novo, novos encontros, e as mesmas reivindicações. Quando se pensa.... Vem o troca-troca de comando.
No dia 24 de abril, o CCS-Maricá - Conselho Comunitário de segurança Publica de Maricá – reuniu o Ten. Cel. Belloni do 12° batalhão de Niterói e o Major Baptista do 4 °Cia de Maricá. Resultado: promessa de viaturas em ronda pelo distrito. Medida essa já conquistada no passado. Reconquistada no início desse ano. E agora prometida novamente, o que se pressupõe que parou de circular nas ruas de Itaipuaçu as viaturas com destino ao 12º para abastecer de gasolina. Entenda a conquista: ao invés de seguirem pela RJ-106, as viaturas passam por dentro do 4º distrito via Serra da Tiririca, promovendo uma sensação de segurança.
No dia 25 de abril, o comandante do 12º BPM, André Luiz Belloni, reconheceu, em reunião do Conselho Comunitário de Segurança Pública de Niterói, que o batalhão tem baixo efetivo e pediu paciência à população.
“Sabemos que o efetivo não é o ideal, mas cada policial está se desdobrando para dar o seu melhor. Ainda há muita coisa a se fazer e, hoje, há apenas 15 dias à frente do comando, sei exatamente os locais mais perigosos, onde há maior incidência criminal, os horários e estamos planejando o que fazer. Peço que tenham um pouco mais de paciência”.
Pois bem, o quadro do batalhão de Niterói é de assustar. Segundo o relatório do ex-comandante-geral da PM (2000-2002), que também comandou o 12º BPM (95-96), Wilton Soares Ribeiro, que atualmente é coronel da reserva, o município perdeu 1.270 policiais desde 2006.
O dossiê ainda mostra que em abril do ano passado o efetivo do batalhão era de 833 homens e que hoje, um ano depois, é de 630 policiais, sendo que cerca de 10% está inativo nas ruas, seja por motivos de doença ou por realizarem trabalho burocrático dentro do quartel.
Seguindo a escala de trabalho (24x72h), apenas 210 policiais estão nas ruas, para atender os municípios de Niterói e Maricá (aproximadamente 620 mil habitantes, somados), o que representa a média de um policial para cada 2.952 pessoas. O número de policiais recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de um para cada 250 habitantes.
Diante desse quadro estarrecedor, e somando 1 + 1, chega-se ao resultado que as duas cidades estão entregues aos marginais.
“A polícia é sobrecarregada em diversos sentidos. Nós temos viaturas paradas e temos que compreender que os carros rodam durante 24 horas por dia e durante sete dias na semana, além dos problemas na demora na inauguração do IML de Niterói (no Barreto). Quando eu assumi, vi esses problemas. Mas uma coisa é certa, até o fim do ano regularizaremos, pelo menos, o funcionamento das viaturas”, garantiu o comandante.
Mas, até o final do ano ou início do próximo haverá nova troca de comando nos batalhões. A novela começa novamente.
Fonte: Jornal Enter
Fonte: Jornal Enter
E nós cidadãos que antes nos orgulhávamos da tranquilidade do local, agora corremos para gradear e levantar os muros de nossas casas, pois afinal de contas, quem tem que ficar enjaulado somos nós, para que os bandidos exerçam o sagrado direito de ir e vir não é isso mesmo???Levantamos as 4:00 da manhã e retornamos ao nosso lar as 22:00 para ganharmos as vezes um salário mínimo, enquanto que bandidos ficam nas cadeias ociosos durante todo o dia e recebem um auxilio-reclusão de mais de 900,00 reais.... as vezes me pergunto se vivemos em um país sério.! Temos tantas estradas que precisam de cuidados, tanto terreno baldio precisando de ser capinado, porque não se coloca esta corja acorrentada pelos pés e mãos para trabalhos forçados para pagarem sua estadia na cadeia???? porque eu tenho que trabalhar 12 horas por dia pela casa, comida e roupa e enquanto eles se ocupam apenas em planejar o próximo mal-feito? precisamos nos mobilizar para cobrar das autoridades uma mudança em relaçao a estes malditos, que matam nossos filhos por causa de um celular, ou ateiam fogo em uma pessoa por não ficarem satisfeitos com o saldo do roubo, ou se não conseguirmos isto para o país, que consigamos deixar bem claro para a bandidagem que o município de Maricá, é um péssimo lugar para cometer crimes, vamos ficar famosos em todo o país pela nossa capacidade de exterminar com esta raça desgraçada de nosso municipio e nos tornarmos o sonho de moradia de todo o brasileiro.
ResponderExcluirPrezados,
ResponderExcluirHá muito tempo Itaipuaçú não é mais tranquilo. No ano de 2008 fui seguida na Serra da Tiririca e rendida por dois assaltantes em um carro, um fiat bege. Simplesmente eu estava com dois filhos no carro e eles não estão nem aí se você está com sua família, crianças ou velhos. Por sorte ninguém se feriu e na ocasião, ao fazer o B.O. na 82ª DP, fui informada que não existia sequer uma viatura para ir atrás dos assaltantes.
Estamos abandonados...