Por Adilson Pereira - O ano de 2007 foi um marco para a
educação brasileira. Para separar de vez a qualidade da educação dos discursos
demagogos, que teimavam em politizar a educação, foi criado o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), com a finalidade de medir a
qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado no
desempenho individual de cada estudante em avaliação do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e em taxas de aprovação. Segundo o
Ministério da Educação (MEC), para que o IDEB de uma escola ou rede cresça é necessário que o aluno aprenda, não repita o ano letivo e
frequente a sala de aula.
O bom
entendimento do parágrafo inicial já nos leva a idealizar o que está por vir,
em se tratando de sistema educacional maricaense. A ideia é que pais e
responsáveis, através de uma medição realizada a cada dois anos, acompanhem o
desempenho da escola de seus filhos. Para tal, basta acompanhar o IDEB da
instituição, que é apresentado numa escala de 0 a 10. Aqueles que o fazem,
envergonham-se. Para melhorar, gestores acompanham e orientam o trabalho das
secretarias municipais e estaduais pela melhoria da educação.
O índice
vem crescendo a cada exame, na intenção de fazer com que municípios e estados
atinjam nota 6,0, até o ano de 2022,
igualando-se à qualidade de ensino em países desenvolvidos (Em que nível
estarão os europeus em 2022?). Para tal, o crescimento do índice obedece a um
cronograma previamente estabelecido, projetado para que o desenvolvimento
ocorra de forma suave e coerente. A partir das análises, o MEC ofereceu apoio
técnico e financeiro aos municípios com índices insuficientes de qualidade de
ensino, também disponibilizando recursos adicionais aos do Fundo da Educação
Básica (FUNDEB) para investimento nas ações de melhoria do IDEB. Este é o
“Compromisso Todos Pela Educação”.
Não é
nenhuma novidade que durante os governos Lula e Dilma Roussef, o Brasil passou
a figurar a penúltima colocação no Índice
Comparativo de Desempenho Educacional, integrante do projeto “Curva do Aprendizado”, entre 40
países testados. O Brasil, que teve pontuação de “-1.65”, foi incluído no grupo
5, onde estão as sete nações com a maior
variação negativa em relação à média global.
Igualando-se ao fracasso nacional, o governo petista maricaense, em seus mais de quatro anos de poder, nunca conseguiu atingir as metas estabelecidas na média municipal, numa clara mostra da total incompetência de todos os comissionados envolvidos no modelo educacional maricaense. Os profissionais celetistas da educação e o Sindicato dos Professores de Maricá têm muito a dizer sobre isso.
O atual
vice-prefeito de Maricá, Marcos Ribeiro Martins, foi o secretário municipal de
educação durante o período de medição dos atuais e alarmantes índices. Sua
incapacidade de gerir a pasta educacional do município fica evidente no quadro
demonstrativo, quando sua gestão conseguiu ser pior que a gestão educacional
anterior, que atingiu a meta (em verde) da 4ª série (5º ano) no ano de 2007. A
piora é evidente. Durante todo esse decadente período, o que vimos foi a desmoralização
dos professores, em constante litígio com o modelo educacional cubano alardeado
nos discursos demagogos de períodos pré-eleitorais anteriores. Os periódicos
sindicais apelidaram o então secretário de educação de “Grilo Falante”, numa
alusão ao fiel companheiro do mentiroso “Pinóquio”, por não cumprir nenhuma das
promessas de campanha destinadas à educação municipal, nem mesmo a “transparência
nas aplicações dos recursos destinados à educação”.
Vale
lembrar que o filho do atual prefeito de Maricá, Washington Quaquá, estudava
numa das escolas particulares mais caras da cidade, com enormes índices de
aprovação no vestibular. Às vésperas do período pré-eleitoral de 2008, o menino
foi transferido para a conhecida Escola Municipal Carlos Magno L. de Mattos, na
tentativa de dar solidez e consistência ao discurso socialista do pai, conforme
editoriais de campanha. O que mais nos impressiona é que, mesmo com o filho
matriculado na citada escola, o prefeito não conseguiu fazer com que a escola atingisse
os índices mínimos estabelecidos pelo Governo Federal, pondo em risco o
processo educacional do próprio filho, além de comprometer o futuro de todas as
crianças do município, e enterrar na lama da mediocridade o sistema educacional
desenhado aos moldes de Fidel.
Não
bastasse a aprovação de milhões de reais dos cofres públicos para o carnaval da
escola de samba Grande Rio, mostrando qual a prioridade dos atuais governantes em
Maricá, a Escola Municipal Benvindo Taques Horta, que leva o nome do avô do
presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Maricá, Fabiano Horta, situada
em Ubatiba, está entre os piores resultados do IDEB na cidade, com notas tão
pífias que não vale à pena publicar tamanha vergonha.
Quando a
subvenção a escolas de samba de fora do município, contrariando a Lei Orgânica
do Município, aprovada com a anuência de vereadores da bancada evangélica, é
equacionada em velocidade infinitamente superior aos problemas educacionais,
nos confrontamos com um paradoxo pautado no paralogismo comum às aberrações da
natureza humana. É penoso lembrar que tanto o prefeito Washington Quaquá,
quanto seu vice Marcos Ribeiro Martins, são
professores, ambos acusados pelo sindicato dos professores de “sucatearem as escolas”. E que a atual
secretária municipal de educação de Maricá, Marta de Mello Quinan, com esta
herança maldita em mãos, é esposa do ex-secretário e atual vice-prefeito. Diante
dos fatos, nada mais a dizer...
Alguém sabe dizer quantos analfabetos há no Japão, Corea do Sul, Alemanha, Noroega, Suécia e muitos outros países desenvolvidos?
ResponderExcluirProvavelmente nenhuma pessoa mentalmente sadia desses países é analfabeta. Estou desconfiado (na verdade eu tenho certeza) que isso é fundamental para o status de país desenvolvido que eles orgulhosamente ostentam.