Adilson
Pereira ; Segundo a World Book Encyclopedia,
a religião tem sido uma das forças mais poderosas da história. Mas, o que
realmente algumas religiões, ou denominações religiosas, têm pregado? O
editorial do Chicago Tribune foi mais
fundo na questão: “Todas as grandes
religiões pregam a paz, a fraternidade e a misericórdia, mas algumas das
repressões mais cruéis e mais intolerantes da história foram cometidas em nome
de Deus”.
A história nos mostra como o nome de Deus tem sido usado em vão, por
motivos nada nobres, com alguns se locupletando de uma das maiores necessidades
do homem: livrar-se do sentimento de culpa.
O estado dividido e tendencioso de alguns direcionamentos religiosos
mostra claramente que Deus não é o sustentador disso. A Bíblia é direta quando
diz em 1 Cor. 14:33 que “Deus não é Deus de desordem, mas de paz”. Ela também trata do assunto com a
objetividade necessária quando diz que existe tanto a religião verdadeira,
quanto a religião falsa: “Professam
conhecer a Deus, mas negam-no com suas obras, sendo abomináveis, desobedientes
e reprovados para toda boa obra” (Tt 1:16).
Pode alguém usufruir paz verdadeira com seu próximo, ou segurança real,
se os corretos padrões de moral não forem sustentados? Sem tais padrões, a
mentira, o roubo, o adultério e práticas similares são corriqueiros. Que tipo
de líderes certas denominações estão fornecendo ao mundo? Não à toa, Jesus
sentenciou acerca dos líderes falsos religiosos de seus dias: “Deixai-os! São condutores cegos. Se um cego
guiar outro cego, ambos cairão na cova” (Mt 15:14).
Visto que muitos que se dizem “homens de Deus”, à frente de religiões
espalhadas por todo o mundo, tem as prostituído em troca de ganho político,
comercial e social. A Bíblia representa todos como sendo semelhantes a uma
meretriz (Ap 17:1-6), e diz também
que somente a adoração fundada na verdade, livre da hipocrisia, tem o apoio de
Deus: “Mas vem a hora, e já chegou, em
que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, pois o
Pai procura a tais que assim o adorem” (João 4:23).
A palavra de Deus também adverte que “um
pouco de fermento leveda toda a massa” e que “as más companhias corrompem os bons costumes” (Gl 5:9 e 1Co 15:33).
O aviso é mais contundente ao dizer: “O
meu povo é destruído porque lhe falta o conhecimento. Porque tu rejeitaste o
conhecimento, também eu te rejeitarei como meu sacerdócio; visto que esqueceste
da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Os 4:6). Em
Israel, os sacerdotes tinham dupla função: presidir o culto e instruir o povo
segundo as normas da Aliança. O profeta Oséias os acusa de não instruir o povo,
para que este multiplique suas faltas e ofereça mais sacrifícios para se livrar
de seus pecados. Desse modo, os sacerdotes acabam lucrando às custas da
ignorância do povo. Neste capítulo, o profeta também se dirige às autoridades e
ao próprio povo, acusando-os de abandonarem o projeto de Deus para se
prostituírem, adorando muito mais as riquezas e falsos ídolos que ao próprio
Deus.
Diante disso, vemos a hipocrisia dominando o ambiente religioso de tal
forma, que nem os apóstolos escaparam de duras repreensões referentes ao tema.
Na carta escrita aos Gálatas, o apóstolo Paulo descreve um ato hipócrita do
apóstolo Pedro (Gl 2:11-14). O fato é
grave, pois o comportamento hipócrita de um chefe da Igreja causa divisões,
esvazia o trabalho de evangelização, chegando até mesmo a desviar a comunidade
do verdadeiro evangelho.
Enquanto nos depararmos com pseudolíderes religiosos, imbuídos na
obtenção dos resultados provenientes da “Lei de Gerson”, passando por cima da
legalidade e da moralidade, estaremos à mercê da ausência de um testemunho
corajoso contra a idolatria, principalmente a idolatria de um poder político e
socioeconômico absoluto e tirânico.
Aviso aos leitores, qualquer semelhança com Maricá é mera coincidência. O
que precisamos mesmo saber é o porque de líderes religiosos aparecerem em
Maricá, fugidos de sua congregação anterior por imoralidade sexual, sob a
proteção de um papai poderoso nas entranhas da denominação religiosa a qual
pertence. Mas isso é assunto para um futuro próximo...
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