Por Marcelo Bessa / da série "O Diário de Rampion" - Nos verdes anos da minha juventude, quando um rapazola procurava uma mulher, isto é, uma prostituta, pela primeira vez, não saberia dizer se era movido pelo desejo sexual somente ou para provar a si mesmo que era, de fato, macho. Isto porque naqueles tempos, antes da pílula anticoncepcional, que, juntamente com outros fatores, ajudou a liberar as mulheres sexualmente, as primeiras experiências amorosas tinham de ser realizadas nos prostíbulos. Casos havia, em número até bem razoável, de rapazes que, em contato, pela primeira vez, com mulheres grosseiras ou mal-cheirosas, não conseguiam atingir a ereção, sofrendo assim o achincalhamento que iria deixar sequelas dolorosas no psiquismo do infeliz. Além disso, havia ainda toda uma série de histórias tenebrosas a respeito de doenças venéreas. Depois de passar por um real túnel do medo, o jovem, neófito, sem saber ao certo o que lhe aconteceria, se triunfaria ou não, tinha de mostrar-se à vontade diante da prostituta, conforme os conselhos dos mais velhos, fingindo-se um veterano acostumado a andanças várias por todos os lupanares da cidade.
Foi assim, nesse clima odioso, que me vi, certa vez, batendo na porta de um apartamento, no fim de um corredor escuro, num prédio ainda hoje de pé, na rua do Riachuelo.
Um colega de turma dera-me o endereço e o nome da meretriz que iria receber o moço virgem de quinze anos de idade. Quando a porta se abriu, senti uma corrente elétrica atravessar-me o corpo inteiro:
_ Foi o Astélio que me mandou aqui. Era a senha combinada.
Norma era uma mulher clara, de basta cabeleira negra, de bom aspecto, meio gorducha, um tipo de mulher libanesa, dessas que se especializam na dança do ventre. Pediu-me que a esperasse num quarto desaparecendo para o interior do apartamento. A fim de dar entender que eu era veterano, tirei a roupa, ficando, entretanto, de cueca. Subitamente, abriu-se uma cortina e Norma apareceu vestindo uma camisola branca. Tirando a vestimenta por cima da cabeça, deixou-se ver nua em pelo pelo jovem embasbacado. Durante os momentos cruciais da espera, uns dois ou três minutos, pouco antes de a mulher entrar no quarto, eu ainda temia não conseguir excitar-me o suficiente: eu tinha medo de fracassar! Mas , quando ela ficou nua na minha frente, esqueci-me das histórias assustadoras que ouvira a vida inteira. Alheio a qualquer receio simplesmente desejava aquela mulher. Ela deitou-se de barriga pra cima e eu, desfazendo-me apressadamente da cueca, como um felino saltei em cima dela. Com técnica apurada, sem mais tardança, usando dois dedos, Norma introduziu em si a minha tenra e enrijecida virilidade. Em seguida, fez duas ou três evoluções pélvicas, não mais, fazendo-me logo atingir o orgasmo. Sem perder tempo, apoiando-me na cama, levantei o tronco e, olhando-a de cima, bem nos olhos, disse:
_ Eu quero outra vez.
Norma, friamente, perguntou-me quanto eu iria pagar-lhe:
_ Trinta mil réis _ sussurrei-lhe temerosamente. Era pouco, não aceitou. Empurrou-me, fazendo-me quase cair da cama.
Lavei-me, vesti meu uniforme do colégio e saí. Quando o elevador chegou, uma voz pediu-me do fundo do corredor:
_ Garoto, você não venha aqui de noite não, viu?
Foi assim, nesse clima odioso, que me vi, certa vez, batendo na porta de um apartamento, no fim de um corredor escuro, num prédio ainda hoje de pé, na rua do Riachuelo.
Um colega de turma dera-me o endereço e o nome da meretriz que iria receber o moço virgem de quinze anos de idade. Quando a porta se abriu, senti uma corrente elétrica atravessar-me o corpo inteiro:
_ Foi o Astélio que me mandou aqui. Era a senha combinada.
Norma era uma mulher clara, de basta cabeleira negra, de bom aspecto, meio gorducha, um tipo de mulher libanesa, dessas que se especializam na dança do ventre. Pediu-me que a esperasse num quarto desaparecendo para o interior do apartamento. A fim de dar entender que eu era veterano, tirei a roupa, ficando, entretanto, de cueca. Subitamente, abriu-se uma cortina e Norma apareceu vestindo uma camisola branca. Tirando a vestimenta por cima da cabeça, deixou-se ver nua em pelo pelo jovem embasbacado. Durante os momentos cruciais da espera, uns dois ou três minutos, pouco antes de a mulher entrar no quarto, eu ainda temia não conseguir excitar-me o suficiente: eu tinha medo de fracassar! Mas , quando ela ficou nua na minha frente, esqueci-me das histórias assustadoras que ouvira a vida inteira. Alheio a qualquer receio simplesmente desejava aquela mulher. Ela deitou-se de barriga pra cima e eu, desfazendo-me apressadamente da cueca, como um felino saltei em cima dela. Com técnica apurada, sem mais tardança, usando dois dedos, Norma introduziu em si a minha tenra e enrijecida virilidade. Em seguida, fez duas ou três evoluções pélvicas, não mais, fazendo-me logo atingir o orgasmo. Sem perder tempo, apoiando-me na cama, levantei o tronco e, olhando-a de cima, bem nos olhos, disse:
_ Eu quero outra vez.
Norma, friamente, perguntou-me quanto eu iria pagar-lhe:
_ Trinta mil réis _ sussurrei-lhe temerosamente. Era pouco, não aceitou. Empurrou-me, fazendo-me quase cair da cama.
Lavei-me, vesti meu uniforme do colégio e saí. Quando o elevador chegou, uma voz pediu-me do fundo do corredor:
_ Garoto, você não venha aqui de noite não, viu?
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