Na última terça-feira (23), às 17h, houve mais uma audiência no Fórum de Maricá (Jecrim) sobre o caso que ocorreu há cerca de onze meses em Itaipuaçu, em que a senhora idosa Maria de Lourdes Neves quase perdeu a vida quando, ao sair de casa, foi, ferozmente, atacada por duas cadelas fujonas da raça rottweiler.
Dessa vez, após várias atitudes protelatórias, o dono dos cães e réu, Éric Félix Horn, terá de pagar à vítima a quantia de R$ 9 mil.
O caso também ainda será tramitado na Vara Criminal. Neste caso, a advogada representante da vítima, Dra. Aline Germano, pedirá à justiça que o réu seja condenado a cumprir pagamento de cestas básicas a uma instituição de caridade.
Entenda o caso
Dessa vez, após várias atitudes protelatórias, o dono dos cães e réu, Éric Félix Horn, terá de pagar à vítima a quantia de R$ 9 mil.
O caso também ainda será tramitado na Vara Criminal. Neste caso, a advogada representante da vítima, Dra. Aline Germano, pedirá à justiça que o réu seja condenado a cumprir pagamento de cestas básicas a uma instituição de caridade.
Entenda o caso
No dia 12 de dezembro de 2011, D. Maria de Lourdes Neves, de 86 anos, foi violentamente atacada por dois cães ferozes da raça rottweiler, na porta de sua residência, no bairro Jardim Atlântico, em Itaipuaçu.
Moradora há quase 30 anos, D. Maria de Lourdes saía de casa, por volta das 7 da manhã para aguardar, em frente à sua porta, o ônibus que a levaria para um exame oftalmólogo. No instante em que batia o portão , já do lado de fora, sentiu, inesperadamente, uma mordida em suas nádegas. Percebeu então a presença dos 2 cães que, em fração de segundos, atacaram-na e a arrastaram para o meio da rua desferindo-lhe mordidas ferozes. Sua filha, Sônia Nunes, que estava na cozinha tomando café naquele momento, ouviu uma voz fraquinha gritando por socorro e foi até lá fora para ver o que estava acontecendo. Ao ver sua mãe sendo triturada por dois cachorros ferozes, ficou apavorada pois naquela hora da manhã a rua ainda estava deserta, sem nenhuma alma viva para ajudá-la a livrar sua mãe daquele terrível ataque canino.
Por uma providência divina, surgiu um homem num carro que, à sua primeira impressão, pensara tratar-se de uma briga entre cachorros, porém, ao ver as perninhas de D. Lourdes, parou e saiu imediatamente do veículo, pegou um pedregulho que, por sorte, encontrava-se ali bem próximo e jogou-a na direção dos cães, dispersando-os. D. Lourdes ficou, então, ali, no chão, esperando o socorro que não chegou; nem a polícia apareceu no local. Naquele momento, depois de tanto esperar, vendo o sofrimento da vítima, gravemente ferida, aquele homem, que infelizmente, não há registro de seu nome, com a ajuda de Sônia, pegou D. Lourdes, muito ferida e ensanguentada, em seu colo, colocou-a no interior do seu carro e dirigiu-se, velozmente, para o Posto de Saúde Santa Rita de Cássia, na esquina da rua 83.
Chegando lá, por volta de 8h30, encontraram o posto de saúde fechado. Gritaram por socorro e bateram várias vezes na porta. Depois de alguns minutos, apareceu um guarda com a cara amassada de sono e um enfermeiro que também, aparentemente, acabara de acordar e, vendo o estado deplorável da vítima, foi logo dizendo que ali não havia nenhum médico para atendê-la. Também não estava ali, naquele momento desesperador, nenhuma unidade móvel 24 horas (SAMU) que, segundo declarações do Secretário de Saúde, deveria estar. Então, D. Maria de Lourdes, permaneceu ali, aproximadamente uma hora à espera da Unidade Móvel que vinha do quartel do corpo de bombeiros em Itaipu. Nesse ínterim, veio ter atendimento um pedreiro que havia se ferido numa obra e, quando o SAMU chegou, levou os dois juntos, no mesmo veículo, para o hospital Municipal no centro de Maricá.
Por volta das 10h30 da manhã, D. Lourdes deu entrada no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, onde iria permanecer por vários dias.
Enquanto isso, moradores vizinhos de D. Lourdes reconheceram os cães que, logo após o fato, ficaram rondando perigosamente pelas ruas do bairro, os quais pertenciam a um outro vizinho, identificado como Eric Felix Horn (23), um novo morador que viera recentemente do Rio Grande do Sul. Uma das vizinhas, amiga de Sônia Nunes, filha da vítima, denunciou o ataque dos cães, no DPO de Itaipuaçu. Os policiais foram até a casa de Eric e em seguida o encaminharam à 82ª DP, onde foi feito o Boletim de Ocorrência sem a presença da vítima, servindo para testemunha um dos policiais identificado como Suélio. Antes, porém, o policial foi ao encontro de Sônia no hospital, no setor de SPG ( Serviço de Paciente Grave) e perguntou se ela desejava apresentar queixa contra o dono dos cães. O registro foi devidamente formalizado.
Naquela noite, em torno de 21 horas, segundo Sônia, a filha da vítima, Eric, o dono dos cachorros, entrou no hospital e foi até o leito onde estava D. Maria de Lourdes, que levou um tremendo susto ao ver um homem estranho parado ali ao seu lado olhando-a. Perguntou se ela era a senhora que havia sido atacada pelos cães, mas logo depois foi embora.
No dia seguinte, Sônia foi à Delegacia para agilizar os procedimentos de perícia e informaram-na que ela , antes, deveria pegar o "BAM" (Boletim de Atendimento Médico) no hospital para poder obter a guia para o exame de perícia. Porém, ao chegar no hospital, Sônia ficou sabendo que a funcionária, chamada Helena, que havia registrado a entrada de D. Maria de Lourdes no hospital, entrou de férias naquele mesmo dia e a funcionária substituta não localizou o BAM. Sônia voltou várias vezes ao hospital e constatou que o boletim médico de sua mãe havia sumido. Na semana passada, ela fez um novo pedido e lhe deram um prazo de entrega de aproximadamente 15 dias.
No registro de ocorrência feito na 82ª DP consta que a vítima havia sido mordida por cachorros, mas na realidade, o que aconteceu foi um violento ataque que poderia ter sido fatal.
Segundo declarações do proprietário dos cachorros, os mesmos fugiram do canil e foram para a rua através do fundo do terreno de sua casa onde não existe muro.
A audiência no Jecrim está marcada para o dia 10 de fevereiro às 13h40. Até o momento a perícia nas lesões em D.Maria de Lourdes ainda não foi realizada.
Moradora há quase 30 anos, D. Maria de Lourdes saía de casa, por volta das 7 da manhã para aguardar, em frente à sua porta, o ônibus que a levaria para um exame oftalmólogo. No instante em que batia o portão , já do lado de fora, sentiu, inesperadamente, uma mordida em suas nádegas. Percebeu então a presença dos 2 cães que, em fração de segundos, atacaram-na e a arrastaram para o meio da rua desferindo-lhe mordidas ferozes. Sua filha, Sônia Nunes, que estava na cozinha tomando café naquele momento, ouviu uma voz fraquinha gritando por socorro e foi até lá fora para ver o que estava acontecendo. Ao ver sua mãe sendo triturada por dois cachorros ferozes, ficou apavorada pois naquela hora da manhã a rua ainda estava deserta, sem nenhuma alma viva para ajudá-la a livrar sua mãe daquele terrível ataque canino.
Por uma providência divina, surgiu um homem num carro que, à sua primeira impressão, pensara tratar-se de uma briga entre cachorros, porém, ao ver as perninhas de D. Lourdes, parou e saiu imediatamente do veículo, pegou um pedregulho que, por sorte, encontrava-se ali bem próximo e jogou-a na direção dos cães, dispersando-os. D. Lourdes ficou, então, ali, no chão, esperando o socorro que não chegou; nem a polícia apareceu no local. Naquele momento, depois de tanto esperar, vendo o sofrimento da vítima, gravemente ferida, aquele homem, que infelizmente, não há registro de seu nome, com a ajuda de Sônia, pegou D. Lourdes, muito ferida e ensanguentada, em seu colo, colocou-a no interior do seu carro e dirigiu-se, velozmente, para o Posto de Saúde Santa Rita de Cássia, na esquina da rua 83.
Chegando lá, por volta de 8h30, encontraram o posto de saúde fechado. Gritaram por socorro e bateram várias vezes na porta. Depois de alguns minutos, apareceu um guarda com a cara amassada de sono e um enfermeiro que também, aparentemente, acabara de acordar e, vendo o estado deplorável da vítima, foi logo dizendo que ali não havia nenhum médico para atendê-la. Também não estava ali, naquele momento desesperador, nenhuma unidade móvel 24 horas (SAMU) que, segundo declarações do Secretário de Saúde, deveria estar. Então, D. Maria de Lourdes, permaneceu ali, aproximadamente uma hora à espera da Unidade Móvel que vinha do quartel do corpo de bombeiros em Itaipu. Nesse ínterim, veio ter atendimento um pedreiro que havia se ferido numa obra e, quando o SAMU chegou, levou os dois juntos, no mesmo veículo, para o hospital Municipal no centro de Maricá.
Por volta das 10h30 da manhã, D. Lourdes deu entrada no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, onde iria permanecer por vários dias.
Enquanto isso, moradores vizinhos de D. Lourdes reconheceram os cães que, logo após o fato, ficaram rondando perigosamente pelas ruas do bairro, os quais pertenciam a um outro vizinho, identificado como Eric Felix Horn (23), um novo morador que viera recentemente do Rio Grande do Sul. Uma das vizinhas, amiga de Sônia Nunes, filha da vítima, denunciou o ataque dos cães, no DPO de Itaipuaçu. Os policiais foram até a casa de Eric e em seguida o encaminharam à 82ª DP, onde foi feito o Boletim de Ocorrência sem a presença da vítima, servindo para testemunha um dos policiais identificado como Suélio. Antes, porém, o policial foi ao encontro de Sônia no hospital, no setor de SPG ( Serviço de Paciente Grave) e perguntou se ela desejava apresentar queixa contra o dono dos cães. O registro foi devidamente formalizado.
Naquela noite, em torno de 21 horas, segundo Sônia, a filha da vítima, Eric, o dono dos cachorros, entrou no hospital e foi até o leito onde estava D. Maria de Lourdes, que levou um tremendo susto ao ver um homem estranho parado ali ao seu lado olhando-a. Perguntou se ela era a senhora que havia sido atacada pelos cães, mas logo depois foi embora.
No dia seguinte, Sônia foi à Delegacia para agilizar os procedimentos de perícia e informaram-na que ela , antes, deveria pegar o "BAM" (Boletim de Atendimento Médico) no hospital para poder obter a guia para o exame de perícia. Porém, ao chegar no hospital, Sônia ficou sabendo que a funcionária, chamada Helena, que havia registrado a entrada de D. Maria de Lourdes no hospital, entrou de férias naquele mesmo dia e a funcionária substituta não localizou o BAM. Sônia voltou várias vezes ao hospital e constatou que o boletim médico de sua mãe havia sumido. Na semana passada, ela fez um novo pedido e lhe deram um prazo de entrega de aproximadamente 15 dias.
No registro de ocorrência feito na 82ª DP consta que a vítima havia sido mordida por cachorros, mas na realidade, o que aconteceu foi um violento ataque que poderia ter sido fatal.
Segundo declarações do proprietário dos cachorros, os mesmos fugiram do canil e foram para a rua através do fundo do terreno de sua casa onde não existe muro.
A audiência no Jecrim está marcada para o dia 10 de fevereiro às 13h40. Até o momento a perícia nas lesões em D.Maria de Lourdes ainda não foi realizada.
Bem feito!
ResponderExcluirVocê que falou isso: é humano ou um animal também?
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