Cidadão maricaense quase morre e agradece à "administraça" de Quaquá

O cidadão morador de Maricá, Angelo Filho, divulgou, na manhã desta sexta-feira em sua página na rede social Facebook, um relato verídico de um fato que lhe aconteceu há cerca de um pouco mais de uma semana quando precisou ser socorrido no Hospital Municipal Conde Modesto Leal. Veja, a seguir, a íntegra do texto:

Obrigado Conde Modesto, obrigado Quaquá por ter quase me matado dia 22 de agosto quando de minha passagem por aquela entidade hospitalar a procura de socorro médico. Não era nada, fui parar por lá por pura sacanagem minha !!! Eu estava brincando ... brincando não estavam os médicos e enfermeiros do MALDESTO que me aconselharam a correr URGENTEMENTE para uma unidade de saúde mais próxima devido ao meu quadro ... coitados, fizeram o que puderam, o que lhes estavam ao alcance. Desta feita, tive que me valer, MAIS UMA VEZ, da caridosa co-irmã São Gonçalo (QUE VERGONHA), removido com recursos próprios pois o MALDESTO não dispunha de ambulância para remoção e se negaram a contactar o Hospital Naval Marcílio Dias para me remover, me tirar daquela desgraça, daquela vergonha nacional chamada HOSPITAL CONDE MODESTO LEAL.
     Em São Gonçalo, na UPA de Santa Luzia, fui muito, mas muito mesmo, bem atendido. O grande problema foi ter que mentir, para ser atendido, dizer que morava em São Gonçalo ... até porque, no momento, chega a ser vergonhoso dizer que mora em Maricá. Da UPA de Santa Luziia, composta de profissionais dedicados, abnegados, só saí quando ESTABILIZADO e em condições de procurar o HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS para uma melhor investigação do caso. Mas ... minha saúde? Não era nada CONDE ... não se preocupe Quaquá, é como diz Mc Serginho em uma de suas letras de Funk: "ERA SÓ MAIS UM SILVA QUE A ESTRELA NÃO BRILHA...".
     Ao chegar ao MARCÍLIO DIAS fui IMEDIATAMENTE submetido a uma bateria de exames e operado em EMERGÊNCIA, pois apresentava pedras na vesícula com um quadro infeccioso e suspeita de pancreatite. Viu Quaquá, foi nada, só uma cirurgia invasiva para retirada não só das pedras mas de toda a vesícula, resultando numa lesão abdominal com 30 PONTOS pós-circuncisão. Poderia ter sido realizada por colecistectomia videolaparoscópica não é ? Ao invés de incisões de 20 a 30 cm de extensão, a operação é realizada através de quatro pequenos orifícios de 0,5 cm no abdômen, a dor pós-operatória é muito menor que a da cirurgia convencional e, geralmente, o paciente fica um dia internado no hospital, retornando às atividades normais em 10 a 15 dias. Todavia, meu quadro clínico era de URGÊNCIA, não se podia perder tempo, poderia a vesícula estourar a qualquer momento e gerar uma infecção generalizada. Eu apresentava um quadro conhecido como colecistite aguda. A pessoa apresenta uma dor intensa tipo cólica em baixo da costela direita, com vômitos e posteriormente febre. Os médicos até chegaram a iniciar a colecistectomia videolaparoscópica, mas desistiram pela premência de tempo. Diante disto tudo, quero agradecer primeiramente a DEUS que, em sua infinita bondade e misericórdia, teve piedade de mim. Entendeu o SENHOR não ser ainda oportuno o meu regresso à Pátria Maior. Agradeço ainda aos dedicados profissionais do HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS que, de forma carinhosa e prestimosa, me acolheram naquele leito, provando que, apesar das forças ocultas, nosso guerreiro, nosso MD ainda é uma referência no mundo da medicina no Brasil. Aos profissionais da UPA de Santa Luzia, lógico, situada na nossa irmã São Gonçalo, meus profundos agradecimentos. Minha vida hoje é fruto do degrau que vocês ajudaram-me a subir. Aos amigos, não gostaria de personificar agradecimentos sob o risco de cometer alguma injustiça, mas todos, desde Maricá a São Gonçalo, foram importantes nesta minha nova jornada. Ao Prefeito Quaquá, à sua péssima administração, ao péssimo HOSPITAL CONDE MALDESTO eu dedico parte da letra da música "O Astronauta de Mármore" quando diz: "QUERO ACORDAR DO SONHO AGORA MESMO ... QUERO UMA CHANCE DE TENTAR VIVER SEM DOR ...". Mas, não sou como os covardes, não vou correr para São Gonçalo e desistir de morar na cidade onde escolhi para morar, envelhecer e ser feliz. O prefeito Quaquá abusou, tirou dos munícipes maricaenses o direito universal da dignidade humana, vou me dedicar, após a minha convalescença, a campanha contra a sua reeleição, para o bem maior do povo maricaense.

Angelo Filho