Quaquá monta circo na Mumbuca, tumultua o trânsito e faz discurso aos comissionados

Mais uma pantomima do prefeito Quaquá foi montada no final da tarde desta segunda-feira (23). Terminado o expediente na prefeitura, os funcionários comissionados, inclusive os fantasmas, foram imbuídos de comparecer à praça da ponte inacabada da Mumbuca, vestidos com camisas vermelhas, para simular uma falsa aglomeração popular pró PT, onde até os de outras localidades tiveram que aparecer para bater o ponto, sob pena de exoneração sumária.

Guardas municipais interrompem
a passagem dos veículos

Para dar mais corpo ao movimento, foram convocados também os vereadores do governo, entre eles, Aldair de Linda, que até bem pouco tempo era oposição ao governo, Bubute, Hélter Ferreira, Fabiano Horta, Paulo Maurício, que,  quando vereador, antes de sua cassação por infidelidade partidária, não cansou de criticar o prefeito; Caiu Motorista, também ex-opositor, o qual, da tribuna, na Câmara, certa vez, disse que havia uma quadrilha instalada na prefeitura e deu até em CPI, porém, logo depois se vendeu para o lado do governo a troco de uma secretaria, deixando a casa de leis e, seus eleitores, a ver navios. Desses vereadores, vieram seus correligionários para engrossar o caldo causando uma terrível baderna, acobertados pela guarda municipal.

Correligionários contratados pelo
vereador  Helter Ferreira fazem baderna
e tumultuam o trânsito

O povo, que transitava no entorno da localidade, seguia o seu destino normal de trajeto às suas residências ou na direção de seus compromissos locais, sem dar muita importância ao que acontecia, ali, naquele momento. Porém, a turba, que propositadamente, ao sair em caminhada, instruídos por um locutor do alto de um trio elétrico, se aglomerava no meio da rua causando um enorme congestionamento em plena hora do ‘rush’. Essa foi a tática, embora mal intencionada, bem aplicada para causar a falsa impressão de grande concentração popular. Tática essa já bem conhecida do povo, utilizada pelo PT em várias outras ocasiões.

Meninas contratadas para fazer a
distribuição da revista do prefeito
'Maricá Já'

No espetáculo ali montado, previamente organizado, foram distribuídas sombrinhas vermelhas com estrelinhas do partido, adesivos para pregar nas camisas de quem passasse por ali, revistas do Quaquá, e o novo material de campanha denominado ‘a régua’.

Todavia, quando o prefeito chegou e subiu no trio elétrico, por volta das 20h, para sair com seus soldados em direção à praça Orlando de Barros Pimentel, onde se dariam os devidos discursos, muitos comissionados, exaustos, aproveitaram para debandar, à francesa, pelas ruas adjacentes, em direção às suas casas, esvaziando substancialmente a turba, ficando apenas cerca de 300 pessoas, a  maioria contratada pelos vereadores, agitando bandeiras, soltando fogos de artifícios e fazendo urros.

Ônibus estacionado na rua da
Câmara trouxe 50 correligionários
de Nova Iguaçu

Além de alguns comissionados e correligionários, 50 pessoas trazidas por um ônibus da empresa Breda que, segundo o seu motorista, “vieram de Nova Iguaçu”, juntaram-se à platéia.

No palanque do Trio Elétrico que se posicionou atrás do anfiteatro, na praça, estavam alguns vereadores, Quaquá, Marcos Ribeiro, Chico D’Ângelo, Lindberg Farias, mais o locutor e alguns asseclas.

Trânsito congestionado. À frente,
a turba do PT tumultua o fluxo

Dois detalhes bastante interessantes puderam ser notados. Um deles foi que, no jingle oficial da campanha, um samba na voz de Neguinho da Beija-Flor, no tema principal está o ex-presidente Lula e não o prefeito Quaquá. O outro, também muito interessante foi que, no palanque, Quaquá, em vários momentos, procurou dar destaque ao seu suposto vice, Marcos Ribeiro.

No mais, o restante aconteceu como era previsto. Enquanto a população transitava pela praça sem dar a mínima importância ao prefeito e aos militantes do PT, no palanque os políticos pediam voto para o prefeito e seus vereadores para que as obras, agora paradas, possam ser concluídas. Aquela velha história...