PT em frangalhos pensa em lançar Fabiano Horta a Prefeito no lugar de Quaquá

Editorial / Marcelo Bessa - Uma turbulenta e turva onda Tsunami invadiu, nos últimos dias, o quartel general do PT em Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro, tirando o sono das almas pesadas do prefeito Washington Quaquá e de seus correligionários auto intitulados 'fiéis soldados', causando-lhes certa dose de histeria, corroborada pela desinteligência de suas próprias mentes ambiciosas.

Certos da impunidade, depois de terem causado tanta maldade ao povo sofrido daquela região, a turba de malfeitores, sentindo na própria pele o tamanho do 'baque' causado pelos recentes acontecimentos extraordinários, dentre os quais a amarga sentença da inelegibilidade política, por oito anos, imputada ao seu ébrio e egocêntrico líder pela implacável e renovada justiça eleitoral, têm se reunido, às escondidas, segundo informações de soldados rebeldes, numa casa em algum lugar de um bairro conhecido como Boqueirão, a fim de elucubrarem planos reversos (leia-se 'reversos' e não 'perversos') para a situação escabrosa na qual se embrenharam.

Não obstante, a fuga repentina de madame prefeitão, conhecida desde os tempos idos de Nova Iguaçu como Lady Kate, que, segundo informações, foi baixar nas freguesias do interior da Bahia, mas ainda com paradeiro desconhecido, estremeceu os corações aflitos de alguns vereadores que agora sentem o faro do novo xerife da cidade, delegado José William, que segue os seus passos trôpegos e vêem-se como buchas de canhão do prefeito na história mal contada de certos 'cento e sessenta milhões' que foram aprovados por eles, sorrateiramente, a pedido de Quaquá, numa tal sessão extraordinária em meados do ano passado e que até hoje ninguém ainda soube explicar aonde essa dinheirama toda foi parar. Ou no bolso de quem.  No caixa de campanha do PT, talvez? Um pouquinho pra cada um? Quem sabe?! 


O delegado convocou um a um para depor, inclusive o prefeito e a ex- madame prefeitão, antes de sua fuga alucinada, e no momento deve estar montando o quebra-cabeças para que, tão logo haja a conclusão, saia em diligência para enquadrar os supostos culpados, ou, quem sabe até, toda a quadrilha. 

Entrementes, outras ações estão sendo feitas pelos malvados que não querem 'largar o osso', custe o que custar. A compra descarada de votos com ameaças é fato corriqueiro na vida dos mais carentes. Valendo-se da ignorância dessas pobres almas, ao coagirem-nos à venda de seus votos exigem também o número do título eleitoral, bem como o de suas respectivas seções, fazendo-lhes crer na possibilidade de uma futura confirmação do trato diabólico entre eles ora firmado, se não...

"Fulano é matador!", "Sicrano já matou uns três!", "Ih, Beltrano anda cheio de seguranças mal encarados..."
Sessenta reais é o valor do voto.

Voltando àquela casa em algum lugar no Boqueirão, reuniões são feitas à base de aspirinas para tentar encontrar um nome que possa substituir o do grande líder nas próximas eleições. Todavia, uma notícia terrível bateu à porta da nova caserna e surtiu o efeito de um soco no queixo.  Caso o então candidato a vice-prefeito, o ex-secretário de educação e atual vereador, Marcos Ribeiro, seja o escolhido, poderá ser imediatamente impugnado por uma questão simples e óbvia, pois sendo ele o principal pivô da operação 'notebooks', que resultou na inelegibilidade do atual prefeito, com participação efetiva através de sua secretaria, também estaria inelegível.

Fabiano Horta. A bola da vez.

Depois de tanta discussão, enfim encontraram um nome. Fabiano Horta. Vereador, líder do governo na Câmara, eleito com uns mil e quinhentos votos. A conta foi feita. Alguma alma de inteligência momentânea superior  manifestou-se:


"Ora, são três mil votos! Vocês se esqueceram dos mil e quinhentos do Marcos?"


Enquanto isso, em alguma esquina no centro da cidade, opositores riem à toa e um comentário de um certo alguém ressonou como um sopro no ar:


"Nossa, mas como são burros! Tinham tudo nas mãos pra fazer um bom governo e ficar mais quatro anos pra 'deitar e rolar' (expressão alterada pelo editor). Antes eles tivessem aumentado o número de cadeiras na câmara para dezessete. Coitado do Fabiano. Vai ficar sem a prefeitura e sem a vereança."


A oposição agradece.