Maricá gasta 16 meses de merenda com aluguel

O dinheiro a ser gasto (R$ 240 mil) pelo prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), com o pagamento do aluguel, por 12 meses, de um terreno para a construção da nova sede da Secretaria de Segurança Pública, que nunca saiu do papel, daria para financiar a merenda escolar da rede municipal de ensino por um ano e quatro meses (16 meses). É que a Prefeitura gasta em torno de R$ 15 mil todos os meses com a alimentação para os 15 mil alunos matriculados na escolas públicas da cidade.

O suposto desperdício de dinheiro público pela administração Quaquá não surpreendeu os políticos da cidade. Entre eles está o ex-prefeito Ricardo Queiroz (PMDB), que governou a cidade até 2008 e é pré-candidato à sucessão municipal nas eleições deste ano. Entretanto, o peemedebista não escondeu a sua apreensão com as denúncias que vêm sendo feitas contra o atual chefe do Executivo.
“Nós, maricaenses, vemos estas denúncias com apreensão e até um certo atraso. A imprensa vem mostrando os desmandos que estão ocorrendo em nossa cidade. Agora é a hora de desmoronar a ‘blindagem’ do atual prefeito. Com certeza, novas denúncias contra ele virão à tona”, declarou Ricardo Queiroz.

Denúncias

As denúncias de irregularidade na locação do terreno foram tornadas públicas na última quinta-feira. No dia seguinte, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e o Ministério Público Estadual (MP-RJ) anunciaram que irão investigar o contrato assinado pela Prefeitura em 2011. 

Dupla locação

No último sábado, O SÃO GONÇALO revelou que o terreno, situado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), já havia sido alugado pelo antigo proprietário, o vereador Hélter Ferreira (PT), que integra a base de apoio ao prefeito na Câmara Municipal, por cinco anos, com um valor mensal de R$ 2,5 mil, para a escola de samba Inocentes de Maricá.

Prefeitura

Em nota oficial, a Prefeitura de Maricá informou que o TCE-RJ aprovou o processo de locação do terreno e que o valor (R$ 20 mil mensais) foi estabelecido dentro do critério de economicidade exigido pela Lei 8666/1993 de Licitações.

Fonte: O São Gonçalo

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