RIO - Um outro serviço prestado pela Delta Construções está em xeque: desde 2007 investindo na coleta de lixo, com contratos que variam de R$ 7 milhões a R$ 100 milhões anuais, a empreiteira é alvo de investigações de órgãos de controle. A crise na empresa, deflagrada com o envolvimento na operação Monte Carlo, coloca em risco o atendimento à população, já que há casos, como no Distrito Federal, em que os serviços chegaram a parar.
Há situações de documentos falsos, questionamento de obras por TCEs e prefeituras e investigações do Ministério Público sobre a ausência de licitações e a falta de qualidade dos serviços.
Em Nova Iguaçu, no Rio, foi aberto inquérito para investigar o contrato firmado entre a prefeita Sheila Gama (PDT) e a Delta. A empresa foi contratada por Sheila, sem licitação, em abril do ano passado, por R$ 21,4 milhões por 180 dias. À época, a prefeita divulgou um edital de concorrência pública, mas o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) suspendeu o processo. O órgão, que tem como um dos conselheiros o marido de Sheila, Aluisio Gama, alegou ser preciso fazer adequações no edital, de R$ 85,6 milhões.
Com a decisão do TCE, assinada pelo relator José Maurício de Lima Nolasco, a Delta teve o direito de permanecer recolhendo o lixo de forma emergencial até hoje. Nas ruas, moradores reclamam do serviço. No bairro Santa Rita, há um lixão a céu aberto, entre as ruas Domingos da Silva e Macapá, como constatou O GLOBO na quinta-feira.
Em Maricá, o MP abriu inquérito, em 2010, para apurar denúncias de moradores insatisfeitos com a coleta. O contrato, feito pelo prefeito Washington Quaquá (PT), era sem licitação. Segundo a prefeitura, “o serviço foi insatisfatório” e a construtora rescindiu contrato após vencer uma concorrência de R$ 7 milhões. Em Duque de Caxias, o MP investiga a Delta por contratar funcionários fantasmas para recolher o lixo na gestão do ex-prefeito Washington Reis (PMDB).
De acordo com o presidente da Delta, Carlos Alberto Verdini — que deve ser mantido no cargo apenas até esta segunda-feira, quando o grupo J&F assume a empresa —, a empreiteira atua no setor de lixo há quatro anos. Verdini não soube precisar o número de contratos no setor. Ela reconheceu, no entanto, que é um serviço que “dá rendimento”.
Fonte: O Globo
A grana que saiu dos cofres arrombados de Maricá foi muito superior aos R$ 7 milhões informados pelo mentiroso "prefeito". Tiago Rangel e estamos preparando documentação para envio à CPI em Brasília. Vamos colocar a quadrilha para fora.
ResponderExcluirRicardo Vieira Ferreira