Redação / Marcelo Bessa - Na sessão da Câmara desta segunda-feira (19), o vereador Paulo Maurício (PRB) denunciou um esquema montado dentro do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, onde, supostamente, antigos médicos realizam cirurgias de ligação de Trompas e aplicam anestesias cobrando de 200 a 300 reais cada serviço.
O assunto veio à tona, após o vereador Uilton Viana Filho (PSB), que é o atual presidente da comissão de saúde, subir à tribuna para fazer uma explanação sobre a visita da comissão ao hospital, realizada na última quinta-feira (15). Na ocasião, segundo o relato do vereador, a comissão foi recepcionada pelo diretor da OS (Organização Social) que administra o HMCML, Dr. José Rodrigues, que os revelou ter algumas dificuldades com os profissionais que já trabalhavam ali, antes deles assumirem a administração.
No momento da denúncia do vereador Paulo Maurício, o vereador Henrique Cardoso (PPL), que também é advogado, alertou o vereador que a ciência desse fato poderia incorrer em crime de prevaricação.
"Tem pessoas que têm cadeira cativa dentro do hospital. Eu sei disso, vereador! Agora se o senhor não sabe, eu tenho certeza que o senhor sabe! O senhor é maricaense, é nato, sabe!", afirmou Paulo Maurício.
"Vereador", rebateu Henrique Cardoso, "no momento que eu tiver a notícia de que determinado médico está cobrando para fazer uma cirurgia ou uma anestesia, eu tenho a obrigação, como vereador e autoridade cível, de levar esse fato a frente, à autoridade competente. Se eu não fizer isso eu estou praticando crime. Eu tenho certeza que vossa excelência, de repente, até ache que saiba ou ouviu algo, mas o importante é que eu ouvi da boca do senhor que o diretor do hospital falou que tinham pessoas antigas que faziam essa prática. Então cobre a ele e peça para ele fazer o procedimento. Só isso!", finalizou.
"O senhor está me botando de calça curta !? Não sou eu que vou denunciar ninguém!", esquivou-se Paulo Maurício sob os olhares de reprovação do líder da bancada do governo Fabiano Horta, que nesse momento estava na tribuna.
Robson Dutra quis dar um aparte e complicou ainda mais a situação de Paulo Maurício:
"Pelo que eu entendi o vereador Paulo Maurício dizer aí, é que a cobrança é feita fora do hospital, mas que o procedimento é feito dentro do hospital...".
"Vereador", disse, ponderadamente, o vereador Henrique Cardoso ao vereador Robson Dutra, "eu ouvi o vereador Paulo Maurício dizer que o diretor do hospital reclamou que tinham pessoas antigas que estavam com a prática de cobrar para fazer as intervenções lá dentro. Isso não pode! Se ele tem essa informação, que ele leve à frente e faça o procedimento correto: que se ele sabe de alguma notícia, e ele sabe, que aponte, que ele tome essa atitude. O que eu não posso é prevaricar, porque se não, amanhã, o Ministério Público irá nos interpelar por que nós tomamos esse conhecimento e não solicitamos ao diretor a apontar quem são e aí, amanhã, nós é que estaremos sentados no banco dos réus porque tomamos conhecimento disso e o que é que nós vamos falar? Soubemos e não fizemos nada. Soubemos e cometemos um crime. Prevaricamos. Isso é que eu não posso!", finalizou.
"Eu queria pedir ao vereador Henrique que fosse lá no hospital pra ver", replicou Paulo Maurício, " vai lá às quartas-feiras de noite pra ver! O senhor chega lá, aí o senhor vai ver se tem ou não tem!"
O líder do governo, vereador Fabiano Horta que durante todo esse tempo permaneceu em pé na tribuna, finalizou, dirigindo-se ao vereador Aldair de Linda (PPL) que presidia a sessão naquele momento, tentando desfazer o clima de constrangimento criado pelos vereadores:
"Eu queria reafirmar aqui, senhor presidente, que em momento nenhum, ele apontou nenhum nome a nós, em momento nenhum ele apontou algum fato específico. O diretor disse que há uma coisa de relatos históricos e que esse tipo de prática era uma prática. Mas em momento nenhum ele se defrontou com algum ou teve uma situação específica que cabia esse tipo de denúncia.", finalizou o vereador Fabiano descendo, finalmente, da tribuna.
O vereador Uiltinho ainda fez uma observação afirmando que havia realmente ouvido o diretor do hospital, José Rodrigues, comentar sobre esses fatos e que ele apenas ouviu, mas não viu. Ainda reiterou que a solicitação do vereador Henrique Cardoso deve ser levada adiante e que seja aberta uma sindicância para apurar os fatos.
Logo após, com a palavra franqueada pelo presidente, quando parecia que a poeira levantada iria voltar para o lugar do qual surgira, subiu à tribuna o vereador Helter Ferreira (PT) e bombardeou:
"Uma pessoa que trabalha comigo, pessoa conhecida minha, foi cobrada em oitocentos reais por um anestesista essa semana. Só que o contribuinte também tem que denunciar! Nós não podemos deixar o Zé Rodrigues na saia justa, porque isso que o vereador Paulo Maurício falou é verdade; isso já vem ó...", afirmou Helter estalando os dedos. "Todo mundo sabe, só que ninguém vê!"
Logo após o término da sessão, a equipe do Itaipuaçu Site foi até o Hospital Municipal Conde Modesto Leal para ouvir o Dr. José Rodrigues a respeito de tais denúncias, porém o diretor não estava lá e até o presente momento não foi localizado.
O assunto veio à tona, após o vereador Uilton Viana Filho (PSB), que é o atual presidente da comissão de saúde, subir à tribuna para fazer uma explanação sobre a visita da comissão ao hospital, realizada na última quinta-feira (15). Na ocasião, segundo o relato do vereador, a comissão foi recepcionada pelo diretor da OS (Organização Social) que administra o HMCML, Dr. José Rodrigues, que os revelou ter algumas dificuldades com os profissionais que já trabalhavam ali, antes deles assumirem a administração.
Vereador Paulo Maurício |
"Tem pessoas que têm cadeira cativa dentro do hospital. Eu sei disso, vereador! Agora se o senhor não sabe, eu tenho certeza que o senhor sabe! O senhor é maricaense, é nato, sabe!", afirmou Paulo Maurício.
"Vereador", rebateu Henrique Cardoso, "no momento que eu tiver a notícia de que determinado médico está cobrando para fazer uma cirurgia ou uma anestesia, eu tenho a obrigação, como vereador e autoridade cível, de levar esse fato a frente, à autoridade competente. Se eu não fizer isso eu estou praticando crime. Eu tenho certeza que vossa excelência, de repente, até ache que saiba ou ouviu algo, mas o importante é que eu ouvi da boca do senhor que o diretor do hospital falou que tinham pessoas antigas que faziam essa prática. Então cobre a ele e peça para ele fazer o procedimento. Só isso!", finalizou.
"O senhor está me botando de calça curta !? Não sou eu que vou denunciar ninguém!", esquivou-se Paulo Maurício sob os olhares de reprovação do líder da bancada do governo Fabiano Horta, que nesse momento estava na tribuna.
Robson Dutra quis dar um aparte e complicou ainda mais a situação de Paulo Maurício:
"Pelo que eu entendi o vereador Paulo Maurício dizer aí, é que a cobrança é feita fora do hospital, mas que o procedimento é feito dentro do hospital...".
Vereador Henrique Cardoso |
"Eu queria pedir ao vereador Henrique que fosse lá no hospital pra ver", replicou Paulo Maurício, " vai lá às quartas-feiras de noite pra ver! O senhor chega lá, aí o senhor vai ver se tem ou não tem!"
O líder do governo, vereador Fabiano Horta que durante todo esse tempo permaneceu em pé na tribuna, finalizou, dirigindo-se ao vereador Aldair de Linda (PPL) que presidia a sessão naquele momento, tentando desfazer o clima de constrangimento criado pelos vereadores:
"Eu queria reafirmar aqui, senhor presidente, que em momento nenhum, ele apontou nenhum nome a nós, em momento nenhum ele apontou algum fato específico. O diretor disse que há uma coisa de relatos históricos e que esse tipo de prática era uma prática. Mas em momento nenhum ele se defrontou com algum ou teve uma situação específica que cabia esse tipo de denúncia.", finalizou o vereador Fabiano descendo, finalmente, da tribuna.
O vereador Uiltinho ainda fez uma observação afirmando que havia realmente ouvido o diretor do hospital, José Rodrigues, comentar sobre esses fatos e que ele apenas ouviu, mas não viu. Ainda reiterou que a solicitação do vereador Henrique Cardoso deve ser levada adiante e que seja aberta uma sindicância para apurar os fatos.
Logo após, com a palavra franqueada pelo presidente, quando parecia que a poeira levantada iria voltar para o lugar do qual surgira, subiu à tribuna o vereador Helter Ferreira (PT) e bombardeou:
"Uma pessoa que trabalha comigo, pessoa conhecida minha, foi cobrada em oitocentos reais por um anestesista essa semana. Só que o contribuinte também tem que denunciar! Nós não podemos deixar o Zé Rodrigues na saia justa, porque isso que o vereador Paulo Maurício falou é verdade; isso já vem ó...", afirmou Helter estalando os dedos. "Todo mundo sabe, só que ninguém vê!"
Logo após o término da sessão, a equipe do Itaipuaçu Site foi até o Hospital Municipal Conde Modesto Leal para ouvir o Dr. José Rodrigues a respeito de tais denúncias, porém o diretor não estava lá e até o presente momento não foi localizado.
AUDITORIA E SINDICÂNCIA. DOA A QUEM DOER.
ResponderExcluirSe a investigação não for adiante, fica todo mundo cúmplice!
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