Artigo de Adilson
Pereira
“É coisa realmente natural e comum
desejar conquistar. Sempre que os homens podem e o fazem, serão louvados e não
censurados. Mas, quando não podem e querem fazê-lo de qualquer modo, aqui está o erro e a censura”. (Nicolau
Maquiavel)
As atitudes de um homem definem seu caráter. Uma bela frase, pena que
dificilmente alguns pseudolíderes, processados até o último fio de cabelo,
buscam o poder da forma mais despudorada possível... Mentindo. O pior de tudo é
que o fazem descaradamente, com ajuda dos “aspones jornalistas” travestidos de
gestores de saúde, desesperados com a iminência de perderem suas benditas
boquinhas. Será verdade que “os fins
realmente justificam os meios”? Para eles, sim!
Há algum tempo, um aspone despreparado tentou desviar o foco da discussão
em debate numa rede social. O descarado chegou ao ponto de afirmar que o
ex-alcaide não havia sido condenado, e que ser processado não era nada demais. MENTIRA! O ex-alcaide foi CONDENADO sim. A câmara de vereadores
de Maricá, usando da soberania que lhe compete, CONDENOU o ex-alcaide ao “limbo”, quando rejeitou suas contas.
O que nos deixa mais estupefatos é a cara de pau com que se tenta negar a
importância dos processos que venho enumerando, criteriosamente, há alguns meses.
Os INQUÉRITOS CIVIS abertos contra
Sua Excelência, o “Sr. Volta que eu Voto”, pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, através da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de
Defesa da Cidadania, Núcleo Niterói, apresentam o critério e competência
singulares da Promotora de Justiça, Dra. Renata Scarpa Fernandes Borges. Um cruzado
avassalador no queixo da impunidade e, mesmo assim, assistimos a um silêncio
ensurdecedor por parte seus pares. Um verdadeiro “ninguém sabe, ninguém viu”.
Caso os cidadãos maricaenses queiram conferir, até agora citei seis
inquéritos:
·
Inquérito nº 215/2011 – Datado de 11/08/2011. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO
ERÁRIO;
·
Inquérito nº 218/2011 – Datado de 16/08/2011. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO
ERÁRIO;
·
Inquérito nº 228/2011 – Datado de 31/08/2011. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO
ERÁRIO;
·
Inquérito nº 243/2011 – Datado de 21/09/2011. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & LESÃO AO
ERÁRIO;
·
Inquérito nº 245/2011 – Datado de 04/10/2011. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA & DOAÇÃO
ILEGAL DE BEM PÚBLICO;
·
Inquérito nº 271/2011 – Datado de 08/11/2011. TOMADA DE CONTAS EX OFFICIO –
IRREGULARIDADES – TCE.
A tentativa de manipular informações faz parte do jogo sujo e, ao mesmo
tempo, ineficiente de um grupo que sabe que há algo de estranho no ar. Lanço um
desafio a qualquer um que faça parte deste grupo a apostar um único copo d’água
que a situação do PMDB maricaense está resolvida e é totalmente confortável. Duvido
que uma única alma se habilite! Mesmo a vinda de líderes políticos regionais,
com discurso decorado, para referendar a pré-candidatura do “Sr. Volta que eu
Voto”, deixará um clima de insegurança no ar. A justiça é cega, mas o homem se faz cego diante de seus mais podres
interesses. Lanço um desafio também aos citados líderes: Duvido que os
mesmos afirmem que “Sr. Volta que eu Voto” terá sua situação jurídica
resolvida. Parafraseando Fernando Brant: A
justiça tem que estar onde o povo está!
O ex-alcaide se mostra um excelente negociador. Portanto, deve saber que o impacto negativo da manipulação é um dos
principais fatores a dificultar a estruturação de alianças e a consolidação de
parcerias. Sabemos que é difícil deixar a vaidade de lado, mas que tal uma nobre
tentativa? De início, pode até doer, mas nada que a satisfação da honestidade
não recompense. Talvez nem precisemos citar “empresas com siglas familiares”, prestadoras
de serviços suspeitos a determinados municípios.
A partir daí, vemos o porquê da insatisfação de determinados núcleos do
PMDB maricaense. Ao analisar a questão do vereador, secretário do atual desgoverno,
Jorge Castor, podemos notar certa hesitação na tomada de medidas punitivas. O
aspone-mor, em determinado momento da discussão virtual anteriormente citada,
chegou a afirmar que “deveríamos ter mais gratidão aos que nos ajudaram”. A
intenção do aspone naquele momento foi ridícula, mas pode ser que o ex-alcaide,
ao se acovardar diante de Castor, pode estar apenas sendo grato.
Quando citei a CONDENAÇÃO
aplicada pela câmara de vereadores, não mencionei o resultado da votação. Uma
derrota esmagadora: 10 x 1. Quem
sabe não vem do “gol de honra” a gratidão a que se referiu o nada nobre aspone.
O único voto pela aprovação das contas do ex-prefeito Ricardo Queiroz foi exatamente
de Jorge Castor. Talvez, por isso mesmo, o “Sr. Volta que eu Voto” esteja sendo
complacente ao máximo, e não covarde como afirmam as más línguas, mostrando que
seu “poder de recompensa” está baseado na capacidade de provisão da mesma. Pena
que seja só uma tese mal defendida.
Maquiavel também afirma que “Quando
Estados conquistados estão acostumados a viver em liberdade, há três modos de
mantê-los. O primeiro é aniquilá-los”. O ex-alcaide saiu do governo próximo
dos 75% de rejeição por puro desapego à cidade, chegando a declarar que nada faria por Itaipuaçu. Não à toa foi
morar em Icaraí.
Maquiavel dá continuidade afirmando que “O segundo modo é residir neles”. O ex-alcaide, assim que percebeu
a avalanche de imbecilidades cometidas pelo desgoverno Quaquá, abrindo uma
chance de voltar a controlar o ERÁRIO,
mesmo diante de uma enxurrada de processos, retornou à cidade. E não é que vai
a pé à missa de domingo. Garoto esperto...
Maquiavel termina seu ensaio crítico ao dizer que “O terceiro modo é deixá-los viver com suas leis, retirando uma renda e criando internamente um governo de poucos,
mantendo o consenso. Tal governo, consciente do fato de existir pela vontade do
príncipe, sabendo que depende de sua
benevolência e poder, tem todo o interesse em agir de modo a conservar a
situação”. Qualquer semelhança com a relação de dependência financeira entre
o “Sr. Volta que eu Voto” e seus aspones é mera coincidência.
Felizmente, não só de Maquiavel vivem os homens de bem. Outro líder, para
nossa sorte, se contrapõe a todos os exemplos citados, com a autoridade que Lhe
compete. Suas palavras ecoam durante os séculos, confortando os que se afligem
com o mal que os assola. Este líder dividiu a humanidade em duas: antes e
depois d’Ele. Já o “Sr. Volta que eu Voto”, dividiu sua vida em duas: antes e
depois do Ministério Público. Prezado “Sr. Volta que eu Voto”, fique alerta,
pois “aquele que encobre suas
transgressões, nunca prosperará!”
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