Reveillon: no Estado do Rio, única morte registrada foi em Maricá

Mesmo com a chuva forte que atingiu algumas regiões do Brasil, as maiores festas da virada transcorreram em clima de tranquilidade. Foram mais de 4 milhões de pessoas somente nas duas maiores festas do País, sendo 2 milhões na Avenida Paulista, em São Paulo, e outros 2 milhões na Praia de Copacana, no Rio. Passada a comemoração, os esforços para evitar turbulências foram imeditamente substituídos pelas operações de limpeza dos locais escolhidos para receber moradores e turistas no momento da virada.

Na festa mais tradicional do País, nas areias de Copacabana, nenhuma ocorrência grave foi registrada durante a noite. O número de atendimentos médicos, no entanto, praticamente dobrou em relação ao ano passado. Até as 6 horas da manhã deste domingo, a secretaria municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) contabilizava 1.705 atendimentos e 93 remoções, nos sete postos médicos montados na orla de Copacabana, que ficarão abertos às 17 horas deste sábado. Na virada de 2010 para 2011, foram registrados 861 assistências médicas, além de 19 remoções para hospitais. A maioria dos pacientes atendidos apresentava cortes nos pés e nas pernas ou intoxicação alcoólica.

Ainda no Rio, entretanto, pelo menos uma morte foi registrada em decorrência das comemorações do réveillon. Em Maricá, na Região dos Lagos, um homem, identificado como Gilberto Francisco da Silva, de 42 anos, morreu após ser atingido pelos fogos que manuseava durante a festa de ano-novo. Gilberto foi atingido na cabeça por um dos fogos, chegou a ser atendido no local, mas não resistiu.

Na festa organizada na Avenida Paulista, cartão-postal de São Paulo, não houve nenhum registro de ocorrência policial. Cerca de 2,9 mil agentes, entre policiais militares, homens da CET e seguranças circularam pelo perímetro. “O esquema de revistas e bloqueios, similar ao que fazemos nas partidas de futebol, mostrou-se muito eficiente”, contou o coronel da PM, Pedro Borges de Oliveira Filho, que comandou a operação. Foram usados no monitoramento 60 viaturas, 40 motos e um helicóptero. Cerca de 4,5 mil pessoas trabalharam direta e indiretamente na organização do evento.

Limpeza

Em São Paulo, 250 pessoas entraram em campo ainda durante a madrugada para retirar o lixo espalhado pela Avenida Paulista, tomada principalmente por papelão e material plástico em geral, como copos e garrafas.

Às 4h30, boa parte da avenida já estava limpa e muito lixo já havia sido transferido para os caminhões da prefeitura paulistana. Caminhões do tipo baú também foram utilizados para se guardar todo o gradil instalado na avenida. Caminhões-pipa auxiliaram também na limpeza. Às 7h15, a pista sentido Paraíso da Avenida Paulista ainda tinha uma faixa bloqueada; o sentido contrário permanecia com todas as faixas bloqueadas. O palco montado para a celebração também já havia sido retirado.

*Com reportagem de Bruna Fantti, iG Rio de Janeiro, e informações da Agência Estado

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