Artigo de Luiz Antonio Moraes
Tiago Rangel, ex-subsecretário de Obras do governo de Quaquá, teve a coragem de enfrentar o primeiro escalão da prefeitura do PT e denunciar, no Ministério Público e Câmara de Vereadores, desvio de cerca de 15 milhões de reais dessa secretaria. Montou um dossiê a jogou a público. Não deu em nada. Os vereadores arquivaram a denúncia que provou o envolvimento do prefeito na improbidade administrativa.Agora, as esperanças estão depositadas na capacidade investigativa da promotora do MP Regina Scarpa. O dia D está demorando, mas, segundo ela, no momento certo dará um cheque-mate no prefeito, ou seja, não lhe dará oportunidade de recursos e mais recursos.
A nova carta de Tiago traz a público outra faceta dos vereadores, inclusive os que se diziam do lado do povo, deram as mãos e aprovaram 160 milhões de reais para o prefeito Quaquá usar com bem entender. Segundo Tiago, essa manobra foi aprovada em sessão extraordinária da Câmara Municipal no dia 18 de julho, ou seja, os vereadores interromperam o recesso parlamentar para trabalhar em favor daquele cuja reputação recai a improbidade administrativa.
Aprovaram então: 1- Projeto de Lei nº31/011 = Abertura de crédito adicionais suplementares no valor de R$ 159.312.568,99 ( cento e cinqüenta nove milhões, trezentos e doze mil, quinhentos e sessenta e oito reais e noventa nove centavos). 2- Projeto de Lei nº21/011 = Contratação de pessoal para os cargos de Coordenador de Núcleo e agentes Sociais de Esporte para a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.
Por não encontrar nenhum aparato na lei que justifique a tal sessão “as escondidas” do povo, Tiago Rangel formalizou outra denúncia no Ministério Público, junto com o amigo Ricardo Vieira Ferreira, de Ação Popular pedindo a anulação desta “votação ocorrida ao apagar das luzes da Câmara de Vereadores de Maricá”, reclama ele.
Independente das justificativas que a Câmara possa ter ouvido, o canto da sereia de Quaquá fez com que os “inocentes” vereadores creditassem a ele o equivalente, segundo cálculos de Tiago Rangel, a 10 bilhetes premiados da Mega Sena. O chefe do executivo, se quizesse, poderia construir “sem dúvidas” um hospital em Itaipuaçu, outro em Inoã, um pronto socorro em São José de Imbassaí e mais outro em Ponta Negra. Para diminuir sua rejeição, daria ainda para Quaquá erguer um mega hospital no Centro de Maricá e com equipamentos de ponta. Ainda nos cálculos de Tiago, o governo de Quaquá ficaria ainda com um superávit de 90 milhões de reais. Segundo Tiago, conforme reportagem publicada no JORNAL ENTER, o secretário de Saúde, após tantas obras, não precisaria mais declarar que uma morte por dia no hospital municipal é normal.
A indignação de Tiago o faz declarar não querer mais participar de “nada nessa Câmara”. Essa foi a resposta dada a um convite do vereador Uiltinho Viana para uma segunda rodada de depoimentos na CPI. Para Tiago, voltar a sentar na mesa da CPI é fazer parte de um teatro, porque, afirma o ex-secretário, os 11 vereadores dão recursos para o prefeito e depois querem, os do bloco de oposição, “puni-lo” diante de uma plateia que lota aquela Casa de leis. Querem punir mesmo?
Tiago Rangel
Fonte: Jornal Enter
Prezado leitor anônimo do comentário com o seguinte texto inicial:
ResponderExcluir"Comarca de Maricá Juizado Especial Adjunto Criminal
Cartório do Juizado Especial Adjunto Criminal(...)"
Sentimos muitíssimo informá-lo que, após análise de nossa equipe, tivemos que moderar seu comentário, pois não vimos relação com o assunto no artigo publicado. Por favor, reedite o seu comentário. Obrigado e boa leitura!
Marcelo Bessa
Triste realidade. Existe uma conta-estatística criada por pesquisadores que afirma categoricamente: apenas 60% do dinheiro desviado tem retorno aos cofres públicos, após anos de morosidade judiciária! Daí a urgência de trazermos auditorias federais para fazer uma devassa aqui, como vão fazer em Nova Iguaçu. A grande imprensa deveria verificar se há realmente digitais do obscuro sr. Zé Dirceu. Precisamos sustar a evasão do Erário o quanto antes. Já viram essas prefeituras que atrasam o salário de servidores e fornecedores durante meses? Tipo Magé? Pois, é. Se Maricá não tomar medidas rápidas, vai ficar do mesmo jeito...
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