Maus políticos são filhos dos maus eleitores

Ricardo Vieira Ferreira - O Brasil foi tomado por gente metida a esperta que acha que sabe tudo de política. As tribunas são os botequins, praias no final de semana, fila do banco ou qualquer lugar onde haja plateia. Deitam falação a chamar políticos de ladrões e que “é tudo igual” e que o negócio é anular o voto e até deixar de comparecer às seções eleitorais. Pobre Brasil! Enchem a boca para falar de democracia e querem anular a mais universal forma de manifestação popular; o voto livre e secreto.

Quando chegar a hora lá estará boa parte dos “democratas” trocando o voto por promessas de emprego, tijolo, telha, cesta básica e até dinheiro vivo. Qualquer “cinquentinha” compra a consciência dos metidos a honestos. O mal está feito.

Os filhotes da corrupção fincaram raízes e tomaram Brasília, nossas capitais estaduais e nossos municípios e não querem sair. Deles vêm as leis que lhes garantem a impunidade, a riqueza, a continuidade quase eterna. Tratam de espalhar pelo sofrido Brasil suas garras transformando empresas públicas, Estados e Cidades em instrumentos da roubalheira. Só quem pode dar uma solução somos nós todos e, exatamente, usando o mesmo instrumento que transformou o Brasil num lamaçal. Olhemos para nossa Cidade. Façamos um esforço para ver o que está plantado aqui e suas ligações estaduais e federais. Nosso país tem 5.565 municípios e limpar a imundície que criamos com nossos votos exige que arregacemos as mangas e comecemos a faxina por aqui e que nossos irmãos façam o mesmo em suas cidades. É simples, pois aqui temos uma dúzia, isto mesmo, doze detentores de mandatos. Um prefeito e onze vereadores. São eles que vão patrocinar campanhas de gente como eles, pois o indivíduo se junta a gente como ele. Se são honestos, produtivos, voltados para os interesses dos moradores daqui, estarão juntos a pessoas decentes. Se não valem nada, desviam recursos públicos, deixam que a matança na rede de saúde continue, que andemos na lama, que nossas crianças tenham um arremedo de ensino público, que não haja segurança, iluminação pública, coleta de lixo adequada, obras superfaturadas e que a verdadeira e inédita fortuna arrecadada esteja sendo desbaratada, vamos abrir os olhos. Gente indicada por eles não merecem nossos votos. O mesmo vale para aqueles candidatos que andam com governadores, deputados, senadores, presidente da república que nos últimos anos só pensaram em engordar suas contas bancárias e formar verdadeiras quadrilhas. Digamos a todos eles um sonoro NÃO e voltemos ao seio da verdadeira democracia. Vamos examinar bem cada um que venha atrás de nossos votos. É simples assim. Abandonemos a velha “lei de Gerson” e, ao invés de tentar levar vantagem, pensemos nos nossos filhos e netos, nos pobres, nos sem estudo, nos sem moradia, nos sem assistência médica, pensemos no BRASIL.





Comentários

  1. O maior inimigo da democracia de hoje e de sempre é o poder daqueles 20% que possuem 80% da riqueza do mundo. Essa elite elege quem quer, em qualquer lugar do mundo e, nos bastidores, governa o mundo a seu modo. Eles promovem o terrorismo a fim de levar a população a apoiar guerras em países ricos em recursos minerais. Determinam que tipo de educação nossos filhos vão receber, o tipo de saúde pública que será oferecida à população e o tipo de alimento (na maioria pobre em nutriente) que devemos comer. Essa elite controla os meios de comunicação e deturpa os fatos com notícias fabricadas. Os programas televisivos não estimulam o senso crítico, muito pelo contrário, fazem as pessoas pensarem que o melhor é aceitar tudo passivamente, ou serão punidas pela sua rebeldia. A população é levada a cultuar celebridades e acreditar que dinheiro é a única coisa que importa. Valores familiares, fraternidade, equidade, bom senso e sinceridade são associados a personagens tratados pela mídia como “fracassados” . Vencedores são os espertos que roubam tudo de todos e nunca são punidos, como aqueles bancos de investimento de Wall Street que levaram o mundo a uma crise sem precedentes em 2008 e receberam ajuda de bilhões de dólares do Tesouro Americano (tributos do povo norte-americano), enquanto milhões de pessoas amargavam desemprego e perdiam tudo que haviam acumulada ao longo de suas vidas. Dirigentes desses bancos continuam participando da administração das finanças públicas dos maiores blocos econômicos do Ocidente. São eles, os irresponsáveis causadores da desgraça que abalou o mundo, que estão gerindo a economia, mesmo depois de duas vitórias dos Democratas nos EUA, essa turma de Wall Street continua a dar as cartas no tabuleiro da economia. O poder do dinheiro mandou e manda no destino das pessoas em toda a parte.
    Se você pensa que o povo é o culpado da miséria do mundo é porque foi levado a pensar assim!

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  2. É isso, Ricardo. Enquanto o voto for obrigatório, seguiremos reféns dos eleitores de umbigo e seus votos de proveito próprio!

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